Pensei na minha tia, vivendo nesta casa, também não tinha sido fácil para ela. E não pude evitar sentir uma ponta de tristeza. "Tia..."
Minha tia acariciou minha cabeça, "Bobinha, fale para a tia. Por que você está se divorciando?"
"Eu..."
Minha tia e meu pai, na verdade, se parecem bastante na aparência. Toda vez que olho para minha tia, tenho uma sensação muito calorosa.
Quando ela perguntou isso, não consegui mais me conter e me joguei em seus braços, chorando soluçadamente, "Eu, eu perdi meu filho. Tia, ele já estava formando mãos e pés... mas eu não consegui protegê-lo, eu não o protegi!"
Minha tia gentilmente batia nas minhas costas, acariciando-me, "Tola, pessoas e crianças, é tudo uma questão de destino. Não é sua culpa. Foi apenas o destino que dessa vez não foi favorável."
"Eu estava tão... ansiosa pela chegada dele."
Ansiosa por ter um verdadeiro membro da família finalmente.
Fiquei abraçada à minha tia, e não sei por quanto tempo chorei. Até que finalmente parei de soluçar e ela enxugou minhas lágrimas, "Se você pensou bem e quer se divorciar, então se divorcie. Sua tia está com você."
"Está bem..."
Conversei muito com minha tia e acabei transferindo para ela duzentos mil reais antes de me levantar para ir embora.
O que minha tia disse era que era quase o suficiente, mas não era realmente suficiente.
Naquele ano, se minha tia não tivesse me levado para casa, mesmo que eu não morresse de fome ou de frio nas ruas. E os credores teriam me matado.
Algumas dívidas de gratidão são difíceis de serem completamente pagas.
Ao sair do quarto do hospital, Osmar, que estava deitado na cadeira do corredor, levantou-se de repente.
"E mais, o Hospital Santos não tem quartos? Sua tia está doente e não vai melhorar tão cedo. Ouvi que as camas dos quartos são muito grandes, e assim eu também posso descansar bem. Você poderia conseguir um quarto para mim logo?"
"..."
Era Carlito e Everaldo brigando!
Golpes sendo trocados!
Não dava para acreditar que eles eram tão amigos no passado, e que estivessem nessa situação agora.
O que me surpreendeu ainda mais foi Everaldo, quem era uma pessoa normalmente tão gentil e calma. Agora estava com uma aura sombria e assustadora!
Ele segurava Carlito firmemente no chão, com um olhar feroz, e furiosamente disse: "Carlito, abusar dela assim, que tipo de homem você é?"
Sua voz também não era gentil de sempre, e era como se estivesse caindo em uma caverna gelada, trazendo um arrepio.
Isso dava calafrios.
Ambos estavam feridos. Carlito, limpando calmamente o sangue do canto da boca com o polegar, respondeu com um sorriso em vez de raiva, "Se eu não sou homem, ela ainda é minha esposa. O que eu posso dar para ela, você pode oferecer?"
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Quem posso amar com o coração partido?