Quem posso amar com o coração partido? romance Capítulo 118

Eu fixei o olhar por um momento.

Uma delas era de perfil, tirada quando eu e Everaldo estávamos no show juntos.

A outra era de costas, quando ele estava saindo e tinha o braço levemente apoiado em meu ombro.

Ao ver a segunda foto, eu subitamente entendi. Não é à toa que naquele dia, depois de quase ter sido derrubada por alguém, nunca mais fui empurrada novamente.

Era porque a mão de Everaldo estava sempre me protegendo por trás...

Eu ficou envergonha, "Essa pessoa realmente tem uma boa capacidade de associação e lógica."

"Everaldo é tão atencioso contigo, e não é de se estranhar que as pessoas façam suposições."

Leiria disse, "Na minha opinião, ele é mais confiável do que Carlito."

"Não fale bobagens."

Eu disse,e tomei um gole de chá quente, "Ele tem alguém que gosta, e já faz muitos anos."

"De quem ele gosta? Por que nunca trouxe essa pessoa para nos conhecer?"

"Não sei. Suponho que quando a conquistar, irá trazê-la."

Sobre o fato de Everaldo gostar de uma pessoa casada, eu mantenho o silêncio.

Afinal, era a privacidade dele, e também era um tanto... questionável. Era melhor que menos pessoas soubessem.

Leiria fez uma careta, "Eu realmente pensei que vocês dois combinavam, e não esperava estar tão enganada."

"Irmã, eu ainda sou casada. Se você precisa se preocupar, pelo menos espere até eu me divorciar, certo?" Eu disse, sorrindo ironicamente.

"Tudo bem, tudo bem."

Leiria começou a comer. Após terminar, ela me arrastou para passear pelas lojas, como uma forma de digestão.

Enquanto estávamos na escada rolante, vimos uma multidão em frente a uma loja.

Leiria, que adora uma confusão, me puxou para ver o que estava acontecendo e perguntou a um rapaz que estava assistindo, "Oi, bonitão, o que vocês estão olhando aqui?"

"..."

Estava ficando com dor de cabeça. "Como casal, nós temos muitas coisas para conversar todos os dias. A que você se refere?"

"Você sabe bem do que eu estou falando."

Ela estava sendo irracional, "Se não estivesse com a consciência pesada, por que correr assim?"

Leiria, sem palavras, disse, "Senhora, nós só estamos tentando evitar sua má sorte."

"Você ligue para Carlito agora. Eu preciso falar com ele hoje."

Adelina ordenava com arrogância.

Eu apenas sentia uma estranha sensação de desconforto, "Se você quer falar com ele, ligue você mesma."

Com isso, tentei me desvencilhar dela.

No entanto, ela de repente agiu como se tivesse tomado alguma medicação errada, e usou toda a sua força para me puxar em direção à rua movimentada, "Se você não ligar para ele, vamos morrer juntas!"