Que Milagre! Eu Tinha NÔNUPLOS! romance Capítulo 296

Francisco Abbott observava a porta que seu irmão havia fechado, sentou-se desanimado no sofá, olhando para Núbia por um bom tempo antes de finalmente dizer: "Você pode ir agora."

Núbia olhou para ele surpresa, levantou-se e perguntou cautelosamente: "Sr. Francisco, e nós —?"

"Além do trabalho na empresa, acho melhor não nos vermos mais."

Depois de dizer isso, ele se levantou, foi até o quarto, pegou um cartão bancário e entregou a Núbia: "Use o dinheiro neste cartão para você e seu namorado comprarem um apartamento pequeno. Considere isso uma compensação da minha parte."

"Eu não vou contar isso para ninguém." Ele suspirou, olhando pela janela enquanto o último brilho do pôr do sol tingia todo o bairro de vermelho.

Nos galhos das árvores abaixo, as cigarras cantavam ao vento.

Seu irmão estava certo, já era hora de ele amadurecer!

Núbia segurava o cartão bancário, olhando para ele atônita por um longo tempo, antes de morder o lábio, virar-se e sair.

No momento em que a porta se fechou, Sr. Francisco Abbott suspirou profundamente mais uma vez.

O canto das cigarras lá fora variava em volume, mas não mostrava sinais de parar, fazendo-o sentir-se irritado. De repente, ele decidiu pegar as chaves do carro e sair.

Em julho, Manaus tem um sopro de frescor no ar à noite.

Ele dirigiu sem destino, até se encontrar às margens do Rio Negro.

O Rio Negro atravessa Manaus de norte a sul, dividindo a cidade em duas partes, leste e oeste.

Ao longo do rio, muitos parques ribeirinhos foram construídos para descanso e exercício dos cidadãos.

Em julho, o aroma de flores pairava no ar.

"Meu pai sofreu um acidente de bicicleta elétrica dias atrás e quebrou a perna. Ele está no hospital e será operado amanhã. Pedi aos meus pais que guardassem algum dinheiro para o tratamento dele."

"Você só pensa nos seus pais, nunca em nossa futura casa!" Hector Goulart a acusou furiosamente.

"Você, Hector Goulart," Sara Meireles respirou fundo, segurando Hector Goulart e o afastando do quiosque de churrasco, indo para debaixo de uma árvore próxima.

"Hector Goulart, duzentos mil reais é tudo que seus pais têm, assim como os meus pais. Eles têm mais de cinquenta anos e vieram para Manaus trabalhar longe de casa, pagaram minha educação e pela casa. Agora, com a perna quebrada do meu pai, pedi que guardassem dinheiro para o tratamento dele. O que há de errado nisso?"

Hector Goulart ficou paralisado por um momento, provavelmente sem esperar a retaliação da sempre gentil e submissa Sara Meireles.

"E depois que a perna do seu pai sarar, ele ainda poderá trabalhar?" ele perguntou.

"Não sei, mas planejo pedir que eles descansem por um tempo. Eles trabalharam duro a vida toda, merecem descansar, não?" A voz de Sara Meireles era suave e agradável, cheia de tristeza e resignação, tocando diretamente o coração.

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