Jasmine
— Por favor! — suplico quase sem forças.
— VOCÊ O AMA, PORRA?!
— SIM!! — grito. — Só... não faça nada... não faça nada com ele! — suplico.
— É uma pena! — Ele grunhe apontando a arma para a sua cabeça e eu faço não com a cabeça. Eu quero gritar, preciso gritar, mas o som não vem. Tento me mexer, correr para impedi-lo, mas não consigo sair do meu lugar. Correntes pesadas me mantém presa e desesperada começo a gritar.
— NÃO! NÃO! NÃO FAÇA ISSO! — Os olhos suplicantes de Jonathan me fitam e o som do tiro ecoa por todos os lugares. — NÃO!
...
—Jasmine, acorda, amor? — escuto a sua voz e logo sinto os seus braços me envolverem. — Acabou, Bonitinha, foi som um pesadelo. — Ele sibila embalando o meu corpo junto com o seu, porém, apenas choro porque eu sei que isso não foi só um pesadelo. Isso foi um aviso. Aperto o seu corpo junto ao meu enquanto o meu coração sangra com os pensamentos que preenchem a minha mente. Preciso afastá-lo de mim. Preciso mantê-lo seguro. — Xiu, Bonitinha, já passou! — Ele sussurra com voz suave, beijando várias vezes os meus cabelos. Mas não passou, eu sei que não. Isso nunca vai passar. Penso entorpecida.
— O que aconteceu? — Tia Ana pergunta invadindo o quarto.
— Foi só um pesadelo. — Ele diz.
— Bebe um pouco, querida. — Tia Ana me oferece um copo com água que provavelmente pegou na jarra que fica sobre uma mesinha de vidro ao lado da cama. Eu me afasto um pouco e sem olhá-lo seguro o copo de suas mãos e vejo o quanto as minhas mãos estão trêmulas. —Filho, vá lá embaixo e peça para a Maria que prepare um chá e não volte aqui sem esse chá. — Ela pede.
— Eu... não quero deixá-la sozinha, mãe.
— Ela não vai estar sozinha, eu vou ficar aqui com ela. Agora vá! — Ele hesita por um mísero instante, mas sai do quarto. — Quer me falar sobre esse pesadelo, querida? — inquire calmamente, mas faço não com a cabeça. — Tudo bem! Só confirma uma coisa pra mim. Sonhou com eles? — Ana parece preocupada.
— Sim — respondo com a voz embargada. — E foi horrível, tia Ana! — Ela me abraça apertado.
— Eu sei. Jasmine, preciso avisa-la que vou marcar uma consulta para você com a Lilian ainda essa semana.
— Por quê?
— Porque se você está tendo sonhos com o que aconteceu, é porque ficou com certeza ficou algum trauma e precisamos resolver isso, certo? — Concordo com um aceno de cabeça.
— Tudo bem!
— É o melhor a se fazer, Jonathan.
— Quem disse isso?
— Que droga, você não está vendo? Você corre perigo estando comigo! — rosno impaciente.
— Eu discordo! — rebate ríspido. — Há dois dias eu sofri uma emboscada enquanto voltava do colégio — declara me fazendo arfar e imediatamente me afasto dele. — Três homens fortemente armados barraram o meu carro a poucos metros da minha casa. Como você ver, eles não conseguiram e não vai conseguir. E sabe por quê? — inquire. — Porque estamos seguros, porque eles não terão a menor chance! — Começo a andar de um lado para o outro apreensiva. — Como você pode ver eles não precisam só de você para me ter, Jasmine. Eles vão tentar a todo custo com você ou sem você! — Jonathan rosna irritado e puxa a respiração, depois se aproxima e me faz parar. — Estamos seguros, Bonitinha — fala carinhosamente. Não digo nada, porque não sei exatamente o que dizer. — Vem comigo! — pede de repente me estendendo uma mão que fito receosa.
— Pra onde? — questiono.
— Eu quero te levar a um lugar. — Franzo o cenho.
— Jonathan, são três da madrugada! — resmungo.
— Eu sei. O lugar para onde eu vou te levar... essa é a hora mais apropriada. — E ele abre um sorriso tímido. Oh céus, e eu me derreto nele. Mas isso é loucura, certo? Portanto, hesito segurar a sua mão, porque ele só pode estar maluco! Jonathan parece impaciente com a minha indecisão. — Ponha um casaco, eu vou pegar algumas coisas que vamos precisar e volto logo. — E quando ele sai do quarto eu me lembro do maldito sonho. Dos seus olhos sem vida, do seu corpo inerte e caído ao chão. Deus, isso era algum tipo de aviso? Eu sou a pessoa que o levará a destruição? Definitivamente Jonathan terá que aceitar as minhas condições. Eu preciso sair daqui e ficar o mais longe possível dele, e farei isso assim que o dia amanhecer! Penso determinada. Dez minutos depois ele retorna para o quarto, me faz vestir um sobretudo e me puxa para fora do quarto em seguida.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Por Você
Não tem final? Que pena!!!!!!!!!! Mais uma história que ficou com gostinho de quero mais, e com isso estou triste...
Onde estão os capítulos de 21 a 59??...