Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 202

Todo ano vem gente para prestar homenagem, sempre pessoas diferentes.

Helena Rocha estava vestindo um kipao branco com bordados de flores azuis. Devido à queda de temperatura nos últimos dias, ela enrolou um xale nos ombros. Com os cabelos presos, ela exalava uma elegância serena. Segurando um casaco, Helena se aproximou de Sérgio Pereira e disse: "Você trabalhou muito nesses dias. Se está preocupado, deveria voltar e dar uma olhada. Letícia ainda é pequena e percebo o quanto ela depende de você".

Helena Rocha admirava duas coisas em Sérgio Pereira. A primeira era o modo como ele trabalhava com seriedade e maturidade, com uma aparência sóbria e distante.

A segunda era quando ele fumava...

Porque mesmo fumando, ao se aproximar dela, ele se preocupava em não deixá-la sentir o cheiro do cigarro e apagava o que estava fumando.

Toda vez que via esse gesto, Helena Rocha sentia que ele se importava, que gostava dela.

Depois de apagar o cigarro, Sérgio Pereira dispersou a fumaça com um aceno de mão, fazendo-a se dissipar.

Seu olhar profundo e calmo era um mistério.

Sérgio Pereira falou pouco, apenas: "... descanse bem em seu quarto".

Helena Rocha não o reteve, observando-o partir com um olhar de relutância.

Ela queria que ele ficasse, mas não podia pedir.

Ela conhecia as regras.

Os homens são assim, não podem sempre se concentrar em uma pessoa só.

As palavras de advertência da Avó Pereira ecoaram em sua mente: Homens! Não importa o quanto a mulher seja boa em casa, o que está fora sempre parece mais apetitoso. Sérgio Pereira é um homem que sabe o que está fazendo, conhece seus limites. Não importa se é a Caroline Pereira ou qualquer outra jovem que está ao lado dele, ninguém é mais indicada para ser a futura matriarca da família Pereira do que você, Helena. Saiba que, por mais que Sérgio ande por aí, as outras mulheres.., se ele não lidar com elas, a vovó vai cuidar disso para você. Sua posição é legítima, as que não devem ser vistas... são elas!

Naquela época, o avô de Sérgio Pereira tinha nove amantes, e eu era a esposa da quinta casa...

Com tantas mulheres ao seu redor, eu não sobrevivi?

Caroline Pereira encostou-se à parede, atordoada. Sem comer ou beber por dois dias e duas noites, o terceiro dia logo chegaria.

Ela não sabia quanto tempo mais poderia resistir, mas Caroline Pereira disse a si mesma que não poderia morrer assim.

Ela tinha que resistir, para mostrar a todos que sua mãe não era a assassina que exterminou a família Dias.

Ao ouvir os sons do lado de fora, Caroline Pereira engoliu a dor de seus ferimentos e se apoiou na parede para se levantar. Com dificuldade, ela se firmou, mas caiu várias vezes...

Até ouvir passos se aproximando. No próximo segundo, a porta se abriu e, sem o suporte da porta de ferro, Caroline Pereira caiu para frente.

Um braço forte a segurou, e Caroline Pereira viu quem estava vindo em sua direção, uma leve emoção finalmente cruzando seu rosto até então inexpressivo...

Sérgio Pereira retirou a mão, olhando para ela com um olhar que parecia observar alguém em seus últimos momentos de luta pela vida, indiferente ao seu destino.

Caroline Pereira, sem forças, agarrou-se à mão dele, ajoelhando-se diante dele...