Helena Oliveira confirmou que estava tudo bem e então voltou para a cabine, planejando sentar-se junto aos seus cinco tesouros.
Mas Hector Ortega a observava com atenção e fez um gesto com o queixo, indicando que ela deveria sentar-se em frente a ele.
Helena lançou um olhar para ele, depois para os cinco pequenos que conversavam animadamente, percebendo que sua presença ali não era necessária naquele momento.
Assim, sentou-se em frente a Hector Ortega e perguntou: "Tem algo que deseja me dizer?"
"O que é aquilo que você está segurando?" Hector fixou seu olhar no objeto que Helena tinha em mãos.
Seguindo a direção indicada por ele, Helena olhou para baixo e, erguendo o objeto, disse: "Está falando disto?"
Hector a encarou, sem responder.
Helena, percebendo isso, explicou: "É um detector que eu mesma criei. Pode detectar bombas e também pequenos dispositivos de escuta. Se você estiver interessado, posso fazer um preço especial... com dez por cento de desconto, considerando nossa relação."
Ela não pensava em dar de presente, já que era conhecida por ser econômica, sonhando em ser financeiramente independente.
Hector quase riu com o seu comentário, achando que ela lhe ofereceria o dispositivo.
Mas, ele parecia precisar de dinheiro?
"Quanto custa?"
Helena levantou um dedo: "Cem milhões, com desconto."
Hector riu. Só tinha dinheiro na sua mente? "Não preciso de desconto. Ofereço cento e cinquenta milhões. Rui fará a transferência."
Helena sorriu e levantou o polegar em sinal de aprovação, entregando-lhe o pequeno detector e disse: "Não pense que é um mau negócio. Esse dispositivo é muito difícil de fazer, principalmente por causa dos materiais raros. Não é qualquer um que pode comprá-lo, mesmo sendo uma versão simplificada. Mas é muito eficiente."
Hector pegou o objeto, e mesmo não sendo um especialista, sua vasta experiência lhe permitiu reconhecer a qualidade do dispositivo.
Ele olhou significativamente para Helena.
Ela sentiu um calafrio com aquele olhar, mas manteve a compostura.
Helena ficou sem palavras.
Meu deus, esse homem é um demônio? Como pode fazer comentários tão provocativos com uma expressão tão séria e aquele olhar direto... Ele está procurando problemas? Não viu que há crianças por perto?
Ela o encarou e rapidamente mudou de assunto, pois, embora ele não tivesse vergonha, ela tinha.
"Você pode ficar quieto? O que mais você quer dizer?"
Hector Ortega olhou para ela, visivelmente irritada, e por algum motivo, sentiu-se extraordinariamente feliz. Seus olhos brilhantes até ganharam um brilho de alegria. Para não a irritar ainda mais, decidiu não continuar o tópico anterior.
"Eles, da família Barros, te procuraram à tarde?"
Helena Oliveira lançou-lhe um olhar fulminante. "Você está bem informado, hein? Mas, dá para respeitar um pouco a privacidade? Não precisa saber de todos os movimentos das pessoas, ok?"
Hector Ortega a observou calmamente, seus lábios se movendo levemente. "Por que me importaria com os outros? Você acha que eu tenho tanto tempo livre? Me interesso apenas por você. Não quero perder a esposa que mal consegui, até porque encontrar outra tão compatível e perfeita seria impossível."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Pai por Acaso: a Paixão Insólita e os Quíntuplos Imprevistos
Mas capítulos por favor.🤗...