Hector Ortega, ao ouvir os berros vindos do outro lado da ligação, sentiu-se furioso. Seu rosto esfriou no mesmo instante, e uma aura de baixa pressão emanou dele, tornando o ambiente dentro do carro incrivelmente opressivo, como se até o ar se tornasse rarefeito.
Rafael, que dirigia, apertou o volante com mais força, sua respiração desacelerou automaticamente. Se o patrão estivesse irritado, ele receava que era errado até mesmo para ele respirar.
"Você já acabou?" A voz de Hector Ortega soou baixa e ligeiramente irritada. Em toda a sua vida, além do velho senhor, nunca houve quem ousasse falar com ele dessa maneira.
Helena Oliveira, com um tom particularmente incisivo, retrucou, "Acabou o quê? Você acha que está certo nessa história? Meus queridos pequenos lá todos têm pais os acompanhando, e só você, saiu mais cedo. Se não tinha tempo ou vontade, poderia ter dito antes, ninguém te forçou a ir. Hoje de manhã eu até te liguei de propósito. Estou furiosa, você hoje precisa me dar um motivo, senão não vamos deixar isso assim."
Ao ser confrontado dessa maneira, a raiva que Hector Ortega sentia começou a se dissipar, sem se saber o porquê.
"Havia uma mulher irritante na creche, não aguentei ficar lá."
Helena Oliveira não esperava essa justificativa de Hector Ortega. Por um momento, ficou sem palavras, até que finalmente disse: "E sua imponência? E sua aura?"
Hector Ortega: ...
"Deixa pra lá, você já saiu mesmo, não seria apropriado voltar. Vou desligar." A irritação de Helena Oliveira veio rápido, mas também se dissipou rapidamente.
Quando ela estava prestes a desligar, Hector Ortega falou, "Espera, quero discutir uma coisa com você."
Isso soou estranho para Helena Oliveira, "O que é?"
"Você não acha que é inapropriado que os pequenos ainda irem na creche? Estou pensando em transferi-las para o ensino fundamental amanhã, acho que elas se adaptarão melhor lá. O que você acha?"
Rafa, suando frio, não sabia o que responder… Então, eles iriam transferir?
Claro, ele não ousou perguntar.
Os seguranças já haviam aberto a porta do carro, e Hector Ortega saiu com uma longa passada.
Caminhando, com uma cicatriz visível no canto da boca, fez com que todos os funcionários da Família Ortega ficassem chocados, "Meu Deus... isso foi feito pela senhora?"
Havia séculos que não viam o diretor sofrer um ferimento, então o choque de vê-lo, ainda em um lugar tão peculiar, se espalhou rapidamente por todos os andares do prédio da Família Ortega.
Nesse dia, do zelador aos executivos, todos elevaram a posição da senhora em suas mentes, afinal, quem mais poderia deixar uma marca no temível chefe senão ela?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Pai por Acaso: a Paixão Insólita e os Quíntuplos Imprevistos
Mas capítulos por favor.🤗...