Eliane Araújo, uma mulher inteligente, rapidamente compreendeu a situação e soube o que escolher.
Então, ela declarou: “Dona Norah Ortega, seria mais conveniente para mim ficar em um hotel. Se permitir, posso vir visitá-la diariamente, desde que não a incomode.”
A senhora idosa, ao ouvir suas palavras, aproveitou a deixa para concordar, “Claro que não me incomodo.”
Em seguida, olhou para o Mordomo Rubens, “Mordomo Rubens, eu não tenho sequer o direito de convidar visitas para minha casa?”
O mordomo respondeu: “Senhora, a senhora está exagerando. É claro que tem todo o direito de convidar quem desejar. Entretanto, aqueles que estão na lista de restrição do senhor da casa, como suas segundas e terceiras filhas, e a Srta. Rodrigues, não são permitidos.”
Ao mencionar Beatriz Rodrigues como Srta. Rodrigues, instaurou-se uma distância abissal, como se ela carecesse de qualquer vínculo com a estirpe Ortega.
A senhora idosa ficou furiosa novamente, percebendo que a irritação do dia superava a de uma década inteira.
“Você…”
“Senhora, se não há mais nada, vou me ocupar de outras tarefas.” Mordomo Rubens não demorou mais ali.
Com sua retirada, restaram apenas a senhora idosa e Eliane Araújo na alcova.
Eliane sentiu-se um pouco constrangida, não esperava que a conexão com a velha senhora da família Ortega fosse de tão pouca utilidade. A senhora, mesmo após tantos anos na família Ortega, parecia não ter nenhum poder, e agora estava sendo oprimida por aquela pessoa de sobrenome Oliveira. Eliane sentia-se agitada pela senhora.
“Dona Norah Ortega, vou lhe servir um copo d'água.”
“Agradeço-lhe, minha cara.” A venerável anciã, embora ainda envolta em irritação, carecia de serenidade para ponderar com clareza.
Afinal, detinha várias propriedades em seu nome, e ceder uma casa não representava obstáculo algum, tudo em prol de um plano meticulosamente arquitetado.
Eliane, inicialmente hesitante, acabou aceitando a oferta diante da insistência da senhora idosa. Assim, mudou-se para a casa próxima, que, apesar de não estar dentro da residência dos Ortega, também era bastante espaçosa.
Se Eliane Araújo não tivesse testemunhado a imensa riqueza da família Ortega, talvez ficasse muito contente em morar numa villa como aquela. Mas agora, seu coração ansiava por morar na mansão principal dos Ortega.
Ela finalmente entendeu por que, apesar de cada membro da família Ortega possuir suas próprias propriedades, todos desejavam viver na Casa Ortega.
Era uma comparação entre um palácio e uma modesta villa, revelando disparidades gritantes em termos de luxo e status.
E, por fim, havia aquele homem, que se assemelhava a um deus entre os mortais... Nos olhos de Eliane Araújo, reluzia uma determinação inquebrantável.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Pai por Acaso: a Paixão Insólita e os Quíntuplos Imprevistos
Mas capítulos por favor.🤗...