Pai em Coma romance Capítulo 916

- Não, eu não vou.

Ana recusou imediatamente, sua emoção até um pouco exaltada. Ela mesma não conseguia explicar por que estava tão agitada.

- O que quero dizer é que a Noemia se feriu tentando te salvar. Eu quero saber como ela está, o mais rápido possível.

- Tudo bem, então nós ficamos.

Leo não insistiu. Segurou a mão de Ana, e ambos se sentaram do lado de fora à espera do resultado.

A cirurgia durou longas seis horas. Quando Noemia foi retirada da sala de cirurgia, já era tarde da noite.

- Doutor, como ela está? - Leo se aproximou para perguntar.

- A cirurgia foi um sucesso, pelo que podemos ver. Não parece ter ocorrido nenhum dano significativo nos nervos, mas a área é complicada. Só saberemos de eventuais sequelas quando ela despertar e pudermos perguntar como se sente.

O olhar de Leo se tornou mais pesado. Ou seja, ainda era incerto se Noemia poderia se recuperar completamente.

- Quando ela provavelmente vai acordar?

- Ela deve acordar quando o efeito da anestesia passar, provavelmente amanhã de manhã.

A resposta do médico deixou todos os presentes um pouco tensos, mas por enquanto levaram Noemia para o quarto do hospital.

Consultando o relógio, perceberam que já era muito tarde. Ivan se ofereceu para passar à noite ali, permitindo que Leo e Ana voltassem para casa.

- Sr. Leo, há coisas a serem tratadas na empresa. Deixe-me ficar aqui e você pode visitar amanhã quando estiver livre.

Leo acenou com a cabeça.

- Tudo bem, vou deixar isso contigo por enquanto. Vou fazer os arranjos necessários na empresa. Obrigado pelo esforço.

Ivan balançou a cabeça. Noemia não tinha outros familiares, então a responsabilidade de cuidar dela recaía sobre eles, que a conheciam desde a infância.

Leo saiu com Ana. Uma vez lá fora, decidiram que não chamariam mais ninguém e pegaram um táxi para casa.

- Então por que você está carregando doces?

- São os preferidos de Tomás e Pedro, então eu comprei alguns para tê-los...

A explicação de Ana convenceu Leo, que não perguntou mais nada e apenas apertou sua mão em torno dela com um pouco mais de força.

Ana se aconchegou no peito de Leo. Ele ainda não tinha trocado de roupa, e havia vestígios de sangue nela. Nesse momento, o canto da boca de Ana tremeu.

- Ah, não estamos conseguindo um táxi. Será por isso?

Se ela fosse uma taxista e visse um homem coberto de sangue aparecendo à beira da estrada no meio da noite, provavelmente se assustaria.

Não seria um maníaco homicida, mas certamente não seria uma boa pessoa. Quem ousaria dar carona para um passageiro assim?

O canto da boca de Leo também tremeu. Ele realmente não havia considerado essa possibilidade.

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