- Não se preocupe, não é nada. Apenas uma história longa demais para contar por telefone. Vamos conversar pessoalmente.
Ana tocou o papel que Pedro tinha desenhado com tanta seriedade e que ela guardava cuidadosamente em seu peito.
- Está certo, venha de carro. Vou estar aqui esperando por você. - Respondeu Leo. Ele evitou fazer mais perguntas, deu algumas instruções e encerrou a ligação.
Ana pegou imediatamente o carro e dirigiu-se ao hotel onde Leo estava temporariamente hospedado. Sua lesão já estava quase completamente curada, então ele havia sido liberado do hospital.
Como a casa que eles haviam comprado recentemente ainda estava passando por reformas, eles estavam morando temporariamente no hotel.
O hotel não ficava muito longe da escola de Pedro, levando cerca de dez minutos de carro. Ana dirigiu até lá e rapidamente chegou ao destino.
Assim que ela saiu do carro, viu Leo se aproximando. Em vez de esperá-la no quarto, ele estava no saguão, ansioso para não perder tempo.
Pressentindo que o que Ana tinha a dizer era de extrema importância, Leo estava decidido a ouvir cada palavra atentamente.
Ao ver Leo esperando por ela, Ana sentiu um calor reconfortante no coração. Independentemente da resolução do problema, a preocupação dele a acalmou.
Ela se aproximou de Leo e entregou o papel em suas mãos.
Leo abriu o papel e observou os traços de caligrafia imatura e alguns rabiscos desordenados, franzindo a testa em confusão.
O coração que antes estava mergulhado em dor de repente se sentiu aliviado. Naquele momento, ele reconheceu a força interior de Ana, talvez até maior do que a dele. Ele se perguntou se teria sido capaz de lidar tão graciosamente com as adversidades que ela enfrentou.
Leo segurou a mão de Ana em silêncio, fazendo uma promessa interna de nunca permitir que algo assim abalasse novamente suas vidas. Ele estava determinado a proteger a pessoa que mais amava com sua própria vida.
- Obrigado, Aninha. - A voz de Leo saiu rouca. Levou um momento até que ele continuasse, recuperando o ânimo aos poucos. - Vou providenciar isso em breve. Acredito que podemos consultar especialistas em genealogia para investigar os detalhes. Quer haja ou não um filho, vamos verificar pessoalmente.
Ana assentiu, concordando com a ideia dele. Qualquer que fosse o desfecho, ela queria levar Pedro a esse lugar para resolver as questões que o perturbavam.
Se o filho realmente existisse... Os olhos de Ana escureceram. Talvez fosse uma espécie de destino. Se possível, ela desejava trazê-lo para casa e cuidar dele, como uma forma de compensar as perdas passadas.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Pai em Coma
Boa tarde, gostaria de saber se tem alguma continuação do livro...
Ola, quando haverá atualizações por favor??...
Infelizmente esse livro para no capítulo 1165, a autora abandonou, pelo menos nas plataformas foi isso que aconteceu , toma que aqui continue!!...