Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 712

A porta do quarto se fechou, restando apenas Camila e Elvis Cabral no recinto, onde o silêncio era tão profundo que se podia ouvir o som de uma agulha caindo.

Elvis Cabral parecia completamente indiferente à situação, sem mostrar intenção de dar explicações. Ergueu-se, pegou a faca e o garfo que estavam sobre a mesa e, com toda a calma, cortou um pequeno pedaço de picanha, perguntando de forma indiferente, "Já comeu?"

Sua voz era tão serena que não transparecia nem um pouco de constrangimento por ter sido flagrado na cama com outra mulher pela namorada oficial, nem sinal de pânico.

Era irônico. Ele nem sequer parecia perturbado pelo fato de ela ter presenciado a cena!

E ainda perguntava se ela havia comido?

Camila sentou-se, aturdida. Começou a questionar se realmente não havia acontecido nada ou se ele simplesmente não se importava com ela, por isso a falta de explicação.

Ela se lembrava de como Orlando se preocupava com Astrid, aquele homem que havia passado uma noite inteira ao relento em novembro, apenas para ter a chance de explicar que não havia acontecido nada entre ele e outra mulher.

E ele?

Ele ainda tinha a audácia de comer!

Camila disse a si mesma que, se ele apenas dissesse que nada havia acontecido entre eles, ela poderia fingir que esse incidente nunca ocorreu.

Infelizmente, isso não aconteceu.

Ele não ofereceu nenhuma explicação.

Ele realmente não se importava com ela.

Camila baixou os olhos, com um sorriso amargo. Embora relutante, ela ainda perguntou, "O que Nina queria com você?"

"Conversar."

"Conversar sem roupas?"

Elvis Cabral riu, como se também achasse a situação engraçada.

Camila olhou para o rosto dele, sentindo uma onda de raiva se acumulando, desejando jogar aquele pedaço de picanha na cara indiferente dele.

E foi exatamente o que ela fez.

Elvis Cabral, agora com o rosto coberto pelo pedaço de carne, hesitou por um momento, apenas para ver a mulher enfurecida arrastando suas coisas e batendo a porta ao sair.

No momento em que ela bateu a porta, ele até pensou em chamá-la de volta para explicar.

Mas no final, ele não o fez.

Elvis Cabral olhou para o pedaço de picanha caído no chão, soltou uma risada leve enquanto puxava um lenço, franzindo a testa e murmurando, "Que desperdício."

Astrid deu uma olhada no sapateiro, onde ao lado de um par de sapatos masculinos, havia um par de sapatos de salto femininos, que não eram seus, mas pareciam ser os que Viviane usava naquela noite.

O olhar de Astrid escureceu, e para que as crianças não percebessem nada, ela as levou para dentro, dizendo, "Meus amores, já está tarde, se não forem dormir agora, amanhã vão acordar parecendo pandas. Que tal irem escovar os dentes e dormir?"

Astrid não era boa em esconder suas emoções, e as crianças, muito espertas, logo perceberam que ela não estava feliz.

"Está bem." Mas eles eram obedientes, sabendo que a mãe não queria que percebessem seu estado emocional, fingiram não notar.

Helios, segurando a mão de Dani, disse, "Mamãe, vamos dormir."

"Vão lá, queridos."

Os dois mocinhos, de mãos dadas, voltaram para seus quartos.

Astrid respirou fundo, a expressão no rosto tornou-se completamente fria, "Recebemos visitas em casa?"

Ontem, Astrid, na tentativa de dissipar as preocupações do empregado, retirou a escritura da casa da gaveta do quarto e a mostrou ao empregado, que finalmente acreditou que ela realmente era a dona daquela mansão.

"Sim, o jovem mestre voltou, assim como a Srta. Viviane, que agora estão no andar de cima," o empregado assentiu.

Astrid soltou um suspiro, arregaçou as mangas e subiu as escadas a passos largos...

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