Capítulo 68
Nádia
A terceira Filha
- Bom dia Fernanda - eu digo ao entrar em meu escritório.
- Bom dia Doutora – eu vou em direção a minha sala – Ele disse que iria te esperar lá dentro e eu não consegui...
Entro em minha sala e o encontro olhando pela parede de vidro do meu escritório. O homem alto e imponente se vira quando abro a porta, travamos ali uma batalha de olhares, ajeito meus óculos de grau e fixo meu olhar no dele.
- Pode ir Fernanda, eu cuido desse senhor – ela sai e fecha a porta - Que saiba tem uma sala de espera muito confortável lá fora para os clientes e não clientes.
- E então já resolveu se vai pegar meu caso?
- Eu já te disse que sim – coloco minha pasta em cima da mesa – E vou por causa da Manuela.
- Você não entrou em contato comigo? Sabe que estou desesperado.
- Eu estou sondando para ver qual a estratégia dela e dando entrada no processo, eu já ia entrar em contato.
- Eu agradeço por você me ajudar – ele próximo de mim.
- Já agradeceu, não precisa se aproximar de mim – ele continua – Eu estou fazendo pela sua filha e por sua família e não por você.
Ele se aproximou e eu bati na mesa, não tinha mais para onde ir. Eu odeio quando ele faz isso, tenta me pressionar a ficar com ele. Porém não sou mulher de ser pressionada, tento acertá-lo nos países baixos dele, mas ele é mais esperto e esquiva e segura meu pescoço.
- Nádia.
- o que você quer Cam?
- Você – ele desce e cheira meu pescoço – Sabe que sempre quis você.
- Me poupe de seus discursos Cam a muitos anos eles não fazem mais efeito em mim, ou você ainda acha que eu caio no seu papo furado – ele chupa o lóbulo da minha orelha – Pode me soltar? Não quero meter uma bala na sua cara – ele ri.
Eu pego minha arma, sou uma das melhores da Cúpula e muito bem treinada, mas Cam é meu calcanhar de Aquiles. Ele me deixa totalmente desestabilizada. Tento com toda minha força ser forte e resistir a ele, pois no passado ele me trouxe muita mágoa e me feriu muito, hoje só quero vê-lo longe de mim e por isso fujo dele a todo custo. Mas a avó de Manuela, filha de Cam está entrando com um pedido de guarda, quer levar a menina com ela e nós não queremos isso, Manu é nossa menininha é nós a amamos e não queremos a garota longe.
Pego minha arma enquanto ele beija meu pescoço e coloco na grande preciosidade dele, ele ri sussurra algo e continua até chegar em minha boca, sua língua abre passagem e entra devastando a minha sanidade, ele tira a arma da minha mão e continua descendo para o meu seio, me coloca em cima da mesa e me aperta contra o corpo dele sua boca se junta a minha e eu seguro seus cabelos.
As mãos dele passam por minhas pernas levando minha saia até a cintura, ele aperta meu bumbum e tira minha calcinha colocando no bolso, ele abre mais minhas pernas e se ajoelha, me olha com os olhos cheio de desejo. Então abre mais minhas pernas para ter a passagem, eu o olho e mordo meu lábio inferior.
- Esses seus óculos me deixam maluco.
Onde tenho meu escritório, no térreo temos uma padaria e um restaurante com comidas brasileiras e algumas habitações nos andares seguintes, os dois últimos andares eu fiz uma cobertura para mim. Fernanda também mora aqui, já que a coitada trabalha quase vinte quatro horas por dia para mim, ela é brasileira filha de um ex namorado de mamãe, que papai o odeia. Mas nós gostamos muito dela, somos amigas de infância, por isso resolvi trazê-la para morar aqui.
E ela é meu braço direito em tudo, sempre está pronta para me ajudar e claro é muito bem remunerada. Uma mulher bem sucedida e independente e não sei o que faria sem ela em minha vida.
Tenho um terraço aconchegante e quando não vou para o palácio fico aqui observando o deserto e o lindo céu relaxando em minha casa e tomando uma bebida. Pois aqui sim posso chamar de meu. Tenho uma lareira elétrica para quando o deserto fica gelado durante a noite, uma Jacuzzi que relaxa meu corpo nos dias estressantes algumas poltronas para quando recebo visitas, uma sacada de vidro e um deck de madeira e algumas decorações como vasos e plantas o que torna tudo aconchegante e escuro como eu gosto.
- Ai amiga, gosto tanto daqui.
- Eu também Fer aqui é um dos meus lugares favoritos – entro na jacuzzi na qual ela já está a um tempo – Eu gosto do palácio mais o meu lugar preferido é aqui ou no sítio da vovó.
- Nossa nem me fale do sítio – ela bebe um gole de vinho – Lá é tão bom – coloca a taça na beirada da banheira – E o gostosão hoje o que rolou lá dentro.
- O que rolou Fer? – agora sou eu quem bebo – Estresse e mais estresse.
- Nossa, mas ficaram um tempão discutindo né?
- Nem tudo foi discussão, mas não seja curiosa.
- Ah você não vai me contar? – ela insiste.
- Não aconteceu nada demais, esquece o idiota do Cam por que eu já esqueci – eu quero esquecer também, mas não consigo.
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