Os Desamados são os Terceiros romance Capítulo 5

Augusto acenou levemente com a cabeça.

Ignácio sorriu timidamente e deixou o espaço para o casal de interesses divergentes.

Após a saída de Ignácio, Augusto olhou para Raíssa, franzindo levemente as sobrancelhas: "Por que está vestida assim? Troque-se antes de irmos, mais tarde jantaremos na mansão da família."

Raíssa sabia claramente que o jantar a que Augusto se referia era a volta para casa para demonstrar seu amor.

Para as ações do Velho Sr. Monteiro.

Às vezes, Raíssa achava Augusto bastante contraditório; aparentava ser um homem de princípios, mas no fundo, era movido pela ambição, perfeitamente adaptado ao mundo das aparências.

Raíssa estava disposta a cooperar e a colocar todos os interesses em jogo antes de dividir a propriedade com Augusto.

Trocou de roupa no escritório e desceu com Augusto pelo elevador privativo.

Estavam sozinhos no elevador.

Augusto olhou o relógio, falando num tom neutro: "Após conversar com Ignácio, espero que tenha reconsiderado a ideia de divórcio. Hoje ainda é seu dia de ovulação; prepare-se quando chegarmos, e se não estiver à vontade, tentarei terminar o mais rápido possível."

Raíssa sorriu para si mesma. Augusto sempre tratava a questão de ter filhos com frieza.

Era incrível que ela tivesse suportado quatro anos de um casamento assim.

Ela foi ainda mais fria: "A mesma proposta de sempre: metade dos bens e liberdade para você."

Augusto ficou bastante irritado, estava prestes a ter um ataque quando o elevador exclusivo parou de repente.

A porta do elevador se abriu lentamente.

Do lado de fora estava uma jovem garota, com um vestido branco, um olhar puro e inocente.

Era Célia.

Célia entrou no elevador delicadamente. Olhando para Raíssa, pediu cuidadosamente: "O elevador dos funcionários está quebrado. Sra. Lopes, posso usar este elevador?"

Era um campo de batalha para dois, mas com três pessoas presentes.

Raíssa manteve pressionado o botão para manter as portas abertas, sua intenção era clara sem dizer uma palavra.

Célia ficou envergonhada. Seu rosto bonito se avermelhou, seus lábios se morderam suavemente, ela inclinou a cabeça para olhar para Augusto, sem dizer nada, querendo que o homem a apoiasse.

Augusto, no entanto, falou gentilmente: "Siga as instruções da Sra. Lopes."

Seu marido, que sempre parecia intocável, estava agora totalmente entregue a atos íntimos, levando Raíssa a segurar seu cabelo com tanta força que parecia que poderia arrancá-lo.

Finalmente, Augusto parou.

Ele inclinou a cabeça para olhar para ela.

Seu rosto encontrou a luz da garagem subterrânea, e seus cílios longos, caindo um pouco acima do rosto fino e bonito, tinham um olhar de terna compaixão naquele momento.

Raíssa ficou momentaneamente atordoada.

No segundo seguinte, Augusto a agarrou pela nuca, beijando-a apaixonadamente, mordendo brutalmente a ponta de sua língua até sangrar.

— Sangue se misturando com saliva!

Raíssa ficou paralisada, olhando incrédula para o rosto belo tão perto do seu, o desprezo em seus olhos era evidente. Com a respiração pesada, Augusto pressionou contra seus lábios: "Sra. Monteiro, estou 'limpo' agora?"

Raíssa o afastou com força.

Ela se esforçou para se sentar no banco do passageiro, sacudindo as mãos enquanto arrumava o terno, mas seu peito ainda estava arfando violentamente por causa das ondas violentas de Augusto, uma emoção estranha que a assustava. Raíssa tentou ao máximo parecer calma: "Fique tranquilo, eu pedirei à secretária que organize um exame médico."

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