VALERIA
O quarto era realmente bonito, com uma cama, um armário, uma pequena penteadeira e uma ampla janela com vista para um belo lago.
— Este é o seu quarto, e ali está o banheiro compartilhado, com a banheira que prometi — explicou, apontando para uma portinha no fundo.
— Espere um momento, mas para sair daqui eu preciso passar pelo quarto de sua majestade? Este quarto não tem saída para o corredor! E banheiro compartilhado? O Rei não tem um banheiro privado? Ele vai ter que atravessar todo o meu quarto para usar o banheiro? — apontei o óbvio.
Quem projetou esses aposentos tão inconvenientes?
— Lamento, mas não temos mais quartos disponíveis — respondeu com uma cara mais dura que o chão de pedra.
— Majestade! — me virei indignada para Aldric, que me observava feliz da vida na porta entre os quartos.
— Você preferiu ficar aqui, Valeria, então agora não podemos desrespeitar o Alfa Garret. Este é o quarto disponível, pare de fazer birra — respondeu, com um olhar mais satisfeito do que nunca.
Birra?! O que eu quero é morder você, maldit0 lycan!
E o outro Alfa, mentiroso! Quem ele pensa que engana dizendo que nesta mansão enorme não há mais quartos?
Mas, como sempre, resistir é inútil. Por mais que eu emburre a cara e proteste, estou presa novamente às maquinações desse Rei teimoso.
— O que está fazendo? — perguntou quando todos saíram e tentei fechar as duas portas de madeira na cara dele.
Estendi meus braços em cruz, tentando puxar os painéis para o meio, mas as maldit4s portas estavam emperradas. Até as portas estavam contra mim!
BAM, BAM, BAM! O som ecoou enquanto eu forçava com toda a minha força, mas não foi suficiente para destravá-las.
— Chega, você vai machucar as mãos — de repente, senti o calor das mãos dele cobrindo as minhas, segurando a madeira e me prendendo ao mesmo tempo.
Seu corpo intimidador estava à minha frente, como sempre, invadindo completamente meu espaço pessoal.
— Preciso me trocar — disse irritada, olhando para um dos botões da camisa dele, que estava quase toda aberta.
— Pode fazer isso sem problemas, ninguém está impedindo.
— Senhor, preciso de privacidade! — levantei meus olhos azuis, faiscando de raiva, enfrentando os dele, cheios de tempestades internas.
— E eu preciso vigiá-la de perto — respondeu, deixando-me sem entender.
De repente, ele estava completamente inclinado sobre minha baixa estatura, sua boca roçando meu ouvido sensível, meu nariz enfiado entre sua camisa entreaberta, absorvendo o aroma delicioso de sua pele.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Rei Lycan e sua Tentação Sombria
Comprei o capítulo e não consigo ler porquê?...
Eu queria continuar lendo...