O Rei Lycan e sua Tentação Sombria romance Capítulo 47

VALERIA

— Diga-me se consegue cumprir essa condição ou saio do meu posto agora mesmo, Rei Aldric. Eu não sou sua prisioneira — o enfrentei pela primeira vez, levantando o queixo, pronta para resistir a seus caprichos e egoísmo.

No entanto, Aldric apenas ficou me encarando fixamente. Eu podia sentir todo o seu corpo tenso, como se estivesse lutando contra um inimigo interior, resistindo com todas as forças.

Em seus olhos cinzentos, a besta interior se revelou, com lampejos avermelhados como os olhos de seu lycan.

— Está bem — ele finalmente cedeu, dando um passo para trás, apertando tanto os dentes que achei que os músculos de seu rosto iriam explodir. — Aceito... por enquanto.

Respondeu, e ficamos nos enfrentando em um duelo silencioso de vontades.

Se alguém tivesse me dito que faria algo assim um mês atrás, eu diria que estava louco.

— Você precisa dessas roupas. Não tem o que vestir. Nesta alcateia, as mulheres são muito esnobes. Não quero que ninguém a menospreze. Imagine que são apenas uniformes, se isso a fizer se sentir melhor — disse, girando nos calcanhares sem esperar por minha resposta, saindo pela porta como um furacão, da mesma forma que chegou.

Caí sentada no banco ao lado da mesa, com as pernas bambas, mas orgulhosa de mim mesma.

Eu só esperava que as barreiras do meu coração resistissem ao cerco de sua majestade.

*****

No dia seguinte, partimos para a alcateia de Silver Lake em uma carruagem que compartilhei com a mulher que sempre acompanhava o Guardião Quinn.

Lá fora, a cavalo, estavam sua majestade e Quinn, que guiava a carruagem.

Eu sabia que Aldric os trouxe para esta viagem por causa dos Altares, e que o lycan Quinn parecia ser o único capaz de decifrá-los.

Eu estava desconfortável, não apenas pelo silêncio, mas também porque sentia o olhar constante daquela mulher.

Havia algo muito estranho nela, difícil de explicar, mas ela parecia diferente dos outros.

— Durante esta viagem, mantenha-se o mais longe possível do meu irmão.

— Perdão? — levantei os olhos do meu livro de costura quando ela falou em voz baixa.

— Quinn, ele é meu irmão, e não quero que ele tenha problemas com sua majestade por sua causa — disse, com olhos escuros e frios.

— Eu nunca causaria problemas a ele…

— O Rei está interessado em você. Não sei que tipo de relação vocês têm, mas ele sente ciúmes de Quinn. Acho que você já percebeu isso. Por favor, estou pedindo gentilmente, afaste-se de Quinn — seu tom se tornou cada vez mais hostil, o que começou a me incomodar.

— Sou apenas a criada do Rei, e se o Guardião Quinn não se aproximar de mim, também não o farei. Não somos amigos nem nada parecido, então poupe suas ameaças. Não tenho intenção de causar problemas a ninguém — respondi, igualmente em voz baixa, mas firme.

Era óbvio que nenhuma de nós queria que aquela conversa fosse ouvida por quem estava fora da carruagem.

A mulher, que agora eu tinha certeza de ser uma rara Alfa fêmea, ficou me olhando. Eu sustentei seu olhar e, por fim, ela assentiu, desviando os olhos para a cortina da janela.

Achei que essa conversa desconfortável havia terminado, mas quando baixei a cabeça para ler, ela acrescentou:

— O Rei Lycan não a vê apenas como sua criada. Ele nunca olhou para outra mulher com a intensidade com que olha para você ou a trata. Mesmo que não perceba, ele sempre a observa de forma possessiva. Lycans não compartilham sua pessoa favorita com ninguém.

— Mas tome cuidado, criada Valeria. Não importa o que sua majestade possa sentir. Traição e mentira são coisas que ele nunca perdoa.

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