VALERIA
Mal tive tempo de reagir quando me vi atacada pelos lábios frios e incrivelmente sensuais do Rei.
Minhas costas bateram contra o encosto de madeira, ficando completamente encurralada entre sua boca e o assento.
Uma mão áspera apertou minha nuca, inclinando minha cabeça para trás, me entregando totalmente à invasão quente de sua língua, que tomava minha boca até quase alcançar minha garganta.
Sentia aquela sensação de flutuar sem ar suficiente chegando ao meu cérebro. Minha mandíbula doía um pouco, e levei minhas mãos até seus ombros, cravando minhas unhas em sua pele para me manter estável.
Um grunhido abafado ecoou dentro da minha boca.
Respirávamos pesadamente, rápido, sobre os lábios um do outro, compartilhando um fio prateado de saliva entre nós.
Abri meus olhos azuis para me deparar com os olhos cinzentos de lobo do Rei, que deixavam claro que sua fera rugia por dentro.
A ponta de sua língua acariciou meu lábio inferior trêmulo e o puxou suavemente, mordiscando entre seus caninos.
Meu peito subia e descia rápido, e meu coração retumbava, bombeando sangue como lava quente por todas as minhas veias até meu sexo úmido, que pulsava em excitação.
— Venha, preciso da minha recompensa agora mesmo, e sei muito bem que está sendo afetada pela maldição — ele sussurrou, quente e rouco.
Mal consegui processar suas palavras quando ele me ergueu, carregando-me no estilo princesa entre seus braços musculosos, caminhando com passos decididos por um corredor até uma porta que abriu no final.
Era a área dos chuveiros compartilhados e dos armários onde se trocavam após o treinamento.
Eu estava nervosa; na verdade, não sou uma mulher muito experiente, e aquilo de estar sob os efeitos da maldição não era verdade. Ainda assim, não desmenti, continuando a fingir nesse jogo que estava ficando cada vez mais complicado.
Ele me colocou no chão e o vi mexendo em um armário maior, de onde tirou toalhas limpas e uma troca de roupa. Além disso, lançou um olhar de cima a baixo enquanto pegava uma de suas camisetas.
O que esse homem está tramando agora?
— Muito bem, venci, então é hora de receber o que é meu — ele jogou tudo em um banco longo de madeira e veio em minha direção como um predador prestes a capturar sua presa.
— O que... o que Vossa Majestade deseja de mim? — perguntei baixinho, fingindo inocência.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Rei Lycan e sua Tentação Sombria
Comprei o capítulo e não consigo ler porquê?...
Eu queria continuar lendo...