O Rei Lycan e sua Tentação Sombria romance Capítulo 33

NARRADORA

—Aaaww! —Os gemidos dolorosos se misturavam com os sussurros da noite.

Ofegando sobre a grama, os ossos de Nana estalavam, seu corpo se transformava, as unhas cresciam até virarem garras afiadas, e uma pelagem marrom brotava de cada poro.

Sua mente era um caos de pensamentos confusos, dor e tontura a ponto de desmaiar.

Não sabia quanto tempo durou, só que quando abriu os olhos de novo, via o mundo de uma forma diferente.

"Nana, sou sua loba... Meu nome é Reina", uma voz meio tímida falou, e Nana ficou confusa no início.

"Minha loba? Você é uma Ômega?" A pergunta saiu mais decepcionada do que ela queria.

Sempre soube que era fraca, sua mãe a mimou demais, mas sonhava que sua loba fosse um pouco mais forte.

"Você... não me aceita? Posso cuidar bem de você", disse a linda lobinha de pelagem marrom, se levantando desajeitada.

Seu orgulho ferido, porque sentia claramente a decepção da sua parte humana.

"Claro que te aceito, tô muito feliz que a gente conseguiu se encontrar", Nana sorriu, meio sem jeito.

O vínculo entre elas era recente, mas cada uma viu a alma da outra, e Reina ficou triste.

Mesmo assim, decidiu provar pra Nana que podia ser útil e ajudá-la a realizar seus sonhos.

"Reina, você consegue sentir o cheiro do Verak? Quero saber se ele é meu companheiro. Vamos procurá-lo."

Nana se animou com essa possibilidade.

Reina logo entrou em ação, farejando o ar, identificando ameaças, correndo rápida pelas sombras do mato.

As memórias de Nana guardavam o aroma de Verak, e ela o encontrou perto do acampamento; só que o cheiro estava misturado com outro.

"O que foi?" Nana sentiu ela parar e olhar fixamente pra um ponto.

"Eu... não tenho certeza se devemos continuar, e tem outra coisa que preciso te dizer. Agora que sinto melhor... esse homem não é..."

—Mas quem é essa aí?!

A aparição repentina de uma fêmea do grupo aliado interrompeu o julgamento de Reina.

Nana olhou surpresa pra mulher saindo dos arbustos, sem nada em cima e ajustando a saia nos quadris.

A pele bronzeada marcada por sinais ardentes de um encontro quente.

Reina deu um passo pra trás, queria fugir do que já sabia que vinha, mas a vontade de Nana a manteve no lugar.

—O que tá acontecendo?

O corpo forte de um guerreiro surgiu atrás da loba.

O torso nu, arranhado pelas garras femininas.

A tanga na mão e o pau à mostra, com resquícios leitosos da liberação recente.

As pupilas de Verak se estreitaram ao ver a loba paralisada na frente deles.

Nunca a tinha visto, mas o cheiro dela misturado com outro novo deu uma pista de quem se tratava.

—Nana? —perguntou com dúvida, lembrando que ela tinha falado algo sobre a maioridade—. É você?

33. A LOBA DA NANA 1

33. A LOBA DA NANA 2

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