VALERIA
No final, ele me libertou da pressão de seu poder, e eu finalmente consegui respirar.
O guardião Quinn também se levantou, limpando o sangue da bochecha machucada, apesar de sua rápida regeneração.
Assim foi de selvagem aquele soco.
— Diga-me, o que você descobriu? — perguntou ele, os três parados diante do Altar da Deusa.
Quinn contou tudo o que havia decifrado.
Na verdade, havia muitos erros, mas não vi que fossem importantes, então não os corrigi.
— Está claro que fala sobre a descida da Deusa Lua à terra para se misturar conosco, é parte de uma antiga lenda — Aldric concluiu.
— Parece que estão procurando altares como este, porque aqui indica a localização de outro Altar Lunar — Quinn apontou para as últimas frases.
— Eles querem levar algumas partes que estavam como ornamentos, como aqui. O idiota do Alfa deu a eles estrelas de prata que pendiam da figura da Lua. A mulher dele me contou — Aldric acrescentou, e tudo isso parecia uma aventura misteriosa.
— Precisamos encontrar o próximo templo antigo e impedir que eles levem o que desejam. Nada de bom pode sair disso. Talvez tenhamos tempo de armar uma armadilha.
— Senhor, sei onde pode estar. Fala sobre uma elevação de água que quase chega ao céu, como um pássaro — informou Quinn.
— A alcateia Silver Lake — Aldric rapidamente ligou os pontos. Ele é um homem muito inteligente.
De repente, pareceu se lembrar de algo e caminhou ao redor da escultura de pedra, agachando-se para procurar algo entre as fendas.
— Aqui. Ontem à noite havia um resíduo de sangue, mas agora não está mais. Era muito estranho, nada parecido com o que já senti antes — murmurou, e então se levantou com o semblante fechado.
— Vamos voltar ao castelo. Aqui não há mais nada a fazer. Preciso convocar o conselho de Guardiões. Algo muito sombrio está acontecendo nas sombras, e não gosto nada disso.
E assim, ele começou a caminhar de volta à hospedaria com determinação, mas não sem antes passar a mão pela minha cintura e me puxar possessivamente para o seu lado.
Eu o segui com a cabeça baixa e as bochechas em chamas.
"Majestade, por favor, disfarce um pouco nosso acordo privado! Só falta eu tatuar na testa: amante do Rei Lycan!"
*****
NARRADORA
O general de confiança do Rei Vampiro caminhava pelos corredores do castelo sombrio.
Sua postura não era tão confiante e feroz como sempre; havia falhado em sua missão, e não era a primeira vez.
Empurrou as enormes portas do salão do trono com um leve tremor nos dedos, que imediatamente reprimiu.
Sua majestade podia ser tudo, menos benevolente, e não admitia falhas.
— Sua Alteza Real — ajoelhou-se sobre um dos joelhos diante do homem imponente sentado no trono coberto pelas sombras.
— Diga-me, Darius, encontrou a garota? — uma voz gutural saiu da escuridão.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Rei Lycan e sua Tentação Sombria
Comprei o capítulo e não consigo ler porquê?...
Eu queria continuar lendo...