As semanas seguintes começam como se fosse um sonho. Karim e Karen tem dias e mais dias juntos em outro palácio afastado da capital. Com o silêncio e a pouca movimentação não tão comum por ali, foi mais fácil que eles conseguissem se aproveitar pouco a pouco.
Num primeiro momento, é claro, os poucos empregados que ficaram ali incumbidos de servir o novo casal comentariam para qualquer um que perguntasse que o príncipe e a princesa até que pareceram ficar doentes por algum tempo. Fruto de um pensamento inocente, seria assim que justificariam a quantidade de tempo que o novo casal passou no quarto, dias e dias, onde recebiam a comida, por vezes o príncipe pedia para que deixasse na porta e saísse e, uma hora ou duas depois, eles ouviam o sininho tocar que os dizia que a louça usada para aquela refeição já estava do lado de fora do quarto novamente.
A bem verdade, foram dois dias sem ver a cara do príncipe e da princesa em nenhuma outra acomodação do castelo.
Contudo, passado os dois dias de doença – ou euforia – como se quiser pensar, os dois saíram do quarto, mais corados, de mãos dadas e seguiram para o Aras de Karim, do qual ele gostava bastante. Ele a lembrou que foi ali que ele causou um acidente que poderia ser fatal, mas que, no fim, por Deus, foi só o suficiente para que ele provasse dos lábios da esposa uma vez mais. Ele também mostrou-lhe os cavalos dos quais ele mais gostava, os fiéis amigos, Hillston, seu favorito, todos muito bem escovados e limpos, cuidados com carinho porque eram cavalos de raça, particulares de Karim.
Depois de mais um dia caminhando de cavalo, sorrindo bastante e voltando para o quarto, eles passearam mais frequentemente pela residência. Conheceram melhor os poucos empregados que não estavam de férias e estavam cuidando daquele lugar, depois conheceram o pomar, onde Karim fez Karen rir tentando subir para pegar lá no alto algumas tâmaras para Karen, mas no fim, foi a voz do empregado mais velho, cuidador oficial da família real, senhor Mohammed Fwra que ele ouviu:
― Saia daí e deixe que eu faça isso, vossa Majestade! Qualquer coisa que te acontecer, a princesa Karen e toda a nação omanense me enforcará em praça pública! Deixe isso para quem é experiente! ― E diante de muito contragosto e quase que uma queda, Karim acabou concordando sorridente.
Estava feliz ao lado da esposa e por si só isso bastava.
No mesmo pomar, Senhora Ashanti os ensinou algumas propriedades medicinais de algumas ervas que eram cuidadas com esmero e eles ouviram com atenção. No fim, ela fez um chá que dizia que era para fortificar o bebê, mas Karen, na intimidade com Karim, poderia muito bem dizer que aquele chá mais parecia um hormônio regulador do desejo sexual.
O príncipe teve um longo trabalho para cuidar dos desejos sexuais da esposa naquele dia.
Foi também uma semana de contatos mais íntimos, conversas mais ao pé da orelha e segredos até então inconfessáveis. Karim contou um pouco mais da família, Karen o segredou o que fizera pela tia dele. Ainda que Karim tivesse aprovado, tinha medo de que o tio ainda não tivesse feito um estardalhaço por conta disso e tinha medo de qual seriam as consequências que o homem maldoso estava guardando a fim de se vingar da reação da esposa. No mínimo, ele tinha desconfiado de que fora Karen que havia feito isso com a mulher dele. Levando, por conseguinte, o filho dele junto também.
O sangue do tio devia estar fervendo naquele segundo.
Não era algo com o qual ele queria lidar, mas o pensamento era constante e o medo cada vez maior.
Por isso, mesmo sendo apenas uma semana de lua de mel, Karen e Karim logo tiveram que voltar para a residência oficial, o palácio em Omã. Karen concordou em evitar sair pela segurança do herdeiro e Karim passou a trabalhar ainda mais, incansavelmente, para ser o governante que Omã precisava.
A outra semana também passou tranquilamente. Karen continuou trabalhando em cima de algumas produções ao passo que a barriga crescia pouco a pouco. Tentou cuidar de Karim o tanto que pode. Era evidente o cansaço do príncipe trabalhava mais de doze horas por dia, por vezes dormia no escritório e Karen tinha que aparecer para retirá-lo para dormir. Isso quando ele dormia. A maioria das vezes, as horas líquidas de sono ficavam por volta de quatro horas e Karen ficava com pena de que a experiência do casamento deles ainda precisasse ser vivida por Karim por, pelo menos, mais quatro meses, no mínimo.
Era angustiante só de pensar.
Mas o tempo passava…
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Príncipe do Oriente
Essa estória jamais deveria existir, pois é um desrespeito. Mas, uma vez que infelizmente a fizeram, colocá-la na seção de "romances" deveria ser crime. No máximo deveria estar na seção de "terror" ou "tragédia"... 👺...
🚫 Não recomendado para menores de 200 anos. Karim é sórdido, nojento e hipócrita... Tem pena de uma jovem, mas estupra outras... Que nojo. E vem de uma família que vê o que ele faz e permite. Karen jamais mareceria um ser repugnante como esse. Colocar um cara desse como "mocinho", com essas cenas asquerosas, esse caráter monstruoso, e depois dizer que ele mudou e merece alguém como Karen é um desrespeito com o leitor e um desserviço com as mulheres, alimentando o mito ridículo de que homens que não prestam podem mudar quando se apaixonam... Esse homem é puro esgoto, lixo, podridão. E, ainda que por milagre divino conseguisse mudar, teria tanta sujeira como cicatriz emocional e psicológica que jamais mereceria uma flor como Karen. No máximo, mereceria os espinhos murchos de outro ser estragado como ele... 🤢😡 Simplesmente deplorável....
O QUE VOCÊ ACHA QUE JANE AUSTEN DIRIA SOBRE O GÊNERO ROMANCE DE HOJE EM DIA? "Acho que ela ficaria chocada com o que pode ser escrito e publicado em um livro hoje em dia [... ]. Imagino que ela desejaria histórias de amor mais elevadas e menos focadas no carnal, como nos romances de hoje". (Julianne Donaldson, autora premiada de EDENBROOKE)....
Poxa Diana amei seus dois livros do sheikh apesar do Matheus,mais as cenas de sexo do Karin no segundo capitulo me deprimiram,decidi não ler o livro do principe,pediria que você fosse mais sutil e humana no futuro.....