Molly mudou lentamente sua expressão para uma mais amigável durante o impasse silencioso.
“Você deveria levar seu segredo de volta para Pendorf e não está autorizada a voltar nunca mais. Você também deveria esquecer a busca pelos Pearsons. Somente assim você e sua neta estarão seguras.”
“É mesmo? Vocês trouxeram de volta aquele falso e agiram como se fossem grandes quando voltaram para os Pearsons, apenas para intimidar minha neta assim que colheram os benefícios. Isso é o que vocês chamam de segurança?” Amélia retrucou de maneira irônica, olhando fixamente para Molly.
“Alguns podem ter respeitado você quando se mostrou durona na Vilarejo Quinn, mas você não pode trazer essa atitude para Capitalis. Além disso, você nem pode entrar no portão dos Pearsons. Você, uma mulher idosa, não pode buscar justiça para sua neta”, continuou Molly, soando genuinamente persuasiva.
“Se você acha que não posso entrar, por que me amarrou então?” Amélia questionou de forma afiada.
“Na verdade, estávamos te salvando. Uma mulher idosa de outra cidade tendo um acidente em Capitalis não chamaria a atenção. Além disso, Capitalis está cheia de carros e pessoas. É normal que uma pessoa idosa como você seja esbarrada acidentalmente”, respondeu com calma, como se estivesse apenas falando sobre o clima.
“Nesse caso, por que não me solta para eu experimentar alguns esbarrões?” Amélia a olhou com um leve sorriso.
Molly não sabia que tipo de truques Amélia tinha na manga. Após um momento de contemplação, virou as costas e saiu.
Amélia olhou para a porta fechada e deitou-se novamente enquanto murmurava: “Meu Deus. Trabalhei a vida toda e não esperava receber um tratamento tão bom assim que cheguei em Capitalis. Tudo o que faço é comer, beber e dormir. É tão confortável.”
As pessoas que a monitoravam não puderam deixar de sentir raiva por suas palavras.
Molly andou pela casa antes de passar por vários corredores e entrar em um pátio.
No pátio, uma mulher com um vestido podava galhos de flores. Ela virou-se quando viu Molly voltando, e sua aparência lembrava um pouco a de Anastasia. No entanto, seus temperamentos eram totalmente diferentes.
“Como foi?” Ela segurava uma rosa recém-cortada na mão.
“Aquela velha é extremamente teimosa e definitivamente tem um trunfo na manga. Não podemos tomar nenhuma ação precipitada”, respondeu Molly com um tom respeitoso.
“Ela criou Anastasia, que é bastante astuta. Não podemos subestimá-la. Além disso, ela pode ter motivos ocultos. Tem certeza de que ela não está te enganando?” A mulher cheirou a rosa e perguntou calmamente.
“Mas ela sabe a verdade sobre o que aconteceu tantos anos atrás”, disse Molly gravemente.
A mulher olhou para a rosa por um tempo antes de ponderar: “Não podemos permitir que aquela velha encontre o chefe da casa, e ela quer que aquela velha morra. Se você não conseguir isso, eu também ficarei em uma posição difícil aqui. Como você sugere que procedamos?”
Suas palavras fizeram o rosto de Molly empalidecer.
“Mas as pessoas de Stephan continuam investigando esse assunto. As consequências seriam inimagináveis se o ofendêssemos.” Molly expressou suas preocupações.
“Qual é o uso de me manter sob sua empregadora se você quer que eu considere esses fatores para você?” A mulher de repente esmagou a rosa na mão, e seus olhos se encheram de malícia ao olhar para Molly.
A idosa ficou tão assustada que instintivamente tremeu em resposta. Então, engoliu em seco antes de dizer: “Vou encontrar uma maneira.”
“Só me importo com o resultado. Não me incomode com o processo. Caso contrário, vou considerá-la inútil. Entendeu?” A mulher jogou a rosa esmagada no chão, e sua expressão ficou ainda mais cruel.
Molly, suficientemente aterrorizada, assentiu obedientemente e saiu com pernas trêmulas.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O preço do recomeço
O livro está como concluído, mas não está completo. Lá no Taplivros ele vai até ao 1012...
Bom dia, você não vai liberar mais capítulos?...
O livro é bom, mas tem mais capítulos?...
Ainda irão publicar os capítulos?...
Amando a história e ansiosa pela continuação........