O preço do recomeço romance Capítulo 241

Naquela noite, Anastasia chegou ao restaurante escolhido por Jorge. Ao sair do carro, viu Eric acenando para ela da entrada do estabelecimento. Caminhando com um leve sorriso, ela perguntou: “Esta é a festa de Jorge. Por que está aqui também?”

Eric a estava ajudando nos bastidores ultimamente, e ela queria agradecê-lo pessoalmente.

“O que foi? Não sou bem-vindo aqui?”, ele retrucou.

“Esta não é a minha festa. Jamais ousaria recusar você”, ela disse, entrando no restaurante.

De repente, ele a chamou. “Anastasia.”

Confusa, ela o encarou. “O que foi?”

Ele lhe entregou uma caixa. “Um presente para você.”

Olhando para a caixa de veludo, ela perguntou: “O que é isso?”

Ele abriu a caixa e ergueu o presente para ela olhar. Depois, coçou o nariz com nervosismo e disse apressadamente: “Veja. É uma pulseira. Pedi para que Jorge a esculpisse em um pedaço de acácia. Dentro da conta maior, há um rastreador GPS.”

Anastasia ficou surpresa ao pegar a pulseira e examiná-la cuidadosamente. A maior conta era tão grande quanto à unha do polegar, e também era oca.

“A conta aqui é um botão. Pressione-o se alguma coisa acontecer com você, e o rastreador será ativado. Tem bateria suficiente para durar cerca de três dias.”

Enquanto olhava a pulseira, perdeu-se em pensamentos quando ouviu as palavras ‘pedaço de acácia’. Ela já havia comprado para Stephan um pingente antigo de colar feito de acácia por Jorge. Era uma coincidência que a fez lembrar aquele colar, dando-lhe uma sensação estranha, como se fossem acessórios de um casal.

“Deixe-me colocá-la para você”, ele se ofereceu.

Agitada, Anastasia estava perdida em seus pensamentos sobre o bosque de acácias e não registrou as palavras de Eric. Ela simplesmente resmungou algo em resposta.

Foi só quando ele agarrou a mão dela que ela voltou à realidade, retraindo-se, prestes a afastar-se, mas viu sinceridade nos olhos dele.

Assim que a pulseira foi colocada, ele soltou a mão dela. Todo o processo levou apenas alguns segundos. Ele a fitou apaixonadamente. “É apenas uma pulseira feita de contas de madeira. Não vale muito. Nenhum criminoso vai atacá-la por isso.”

Suas palavras a fizeram perceber como ele havia sido atencioso com o presente. “Obrigada”, ela disse, olhando para a pulseira.

Ela não planejava usá-la, mas como já estava em seu pulso, decidiu mantê-la. Além disso, o pedaço de acácia não pertencia a Stephan, então não havia razão para não usá-la.

“Comprei isso para sua avó”, ele disse, tirando outra caixa do bolso.

“Insisto em tê-la. Nem mesmo 10 Erics podem me fazer mudar de ideia.” Ela acha que pode me abandonar só porque disse que não me ama? De jeito nenhum! Foi ela quem insistiu em se casar!

Kauã rapidamente o seguiu, dizendo: “Você não vai se magoar por vê-la agindo intimamente com Eric depois?”

Cerrando a mandíbula, ele pensou: Isso é o que eu mereço. Afinal, nunca a amei.

Jorge havia reservado uma mesa no último andar. Devido ao preço exorbitante, havia um pouco mais de doze mesas no local. As paredes eram todas envidraçadas do chão ao teto, permitindo que os clientes vissem o céu noturno da cidade.

Quando Anastasia se sentou, viu Kauã e Stephan entrarem no restaurante. Com um olhar altivo e frio, imediatamente, pegou o cardápio e começou a pedir, ignorando os dois homens.

Kauã decidiu caminhar até a mesa dela quando a viu. Um sorriso malicioso estava em seu rosto quando a cumprimentou: “Que coincidência! Veio jantar aqui também? Stephan e eu vamos comer aqui também.”

Sem manter contato visual, ela riu educadamente e respondeu: “Sim. Que coincidência.”

Sua frieza era uma facada no coração de Kauã.

Stephan estava olhando para o pulso dela com curiosidade. Como ela estava vestindo uma camisa de mangas compridas, não era possível ver o presente de Eric.