O preço do recomeço romance Capítulo 233

Anastasia segurou o celular com força, o rosto cheio de determinação.

“Stephan, se alguma coisa acontecer com minha avó, vou garantir que seus amiguinhos paguem com a vida!”, declarou, então desligou.

Ela tinha provas concretas suficientes para arruinar a reputação de Juliana! Quem teria pensado que Kaique seria tão baixo a ponto de sequestrar sua avó?

Quanto a confiar em Stephan... preferia acreditar que porcos podiam voar.

Anastasia respirou fundo, acalmando suas emoções. Então discou o número de Luana.

“Oi, por que você está me ligando agora? Sua avó sente minha falta? Diga para ela que, assim que tiver tempo, irei visitá-la...”, disse Luana cheia de carinho assim que atendeu.

Anastasia sentiu o nariz formigar ao ouvir a voz de sua amiga.

Ela sufocou as lágrimas. “Luana, esqueça o processo. Certifique-se de que as notícias se espalhem para que a Juliana descubra.”

“Por quê?” Luana, antes animada, agora estava com raiva. “Eles fizeram tantas coisas ruins. Como podemos deixá-los sair impunes? É por causa do Stephan?”

Mencionar o nome dele era como tocar um acorde, e Luana lançou uma enxurrada de xingamentos.

Até que enfim voltou sua fúria para a amiga. “Não vale a pena perder tempo com esse canalha. Qual é o seu problema? Já se divorciaram! Por que continua aceitando as coisas por ele?”

“Não estou.”

Anastasia falou com certo cansaço. “Quero que Stephan e Juliana paguem pelo que fizeram mais do que qualquer outra pessoa, mas eles me encurralaram.”

“Encurralaram? É...”

“Não se preocupe com os detalhes. Certifique-se de avisar Juliana o mais depressa possível de que vou desistir do processo.”

Sem esperar que Luana respondesse, desligou.

Queria poder pedir ajuda de sua amiga; só que um adversário muito mais assustador havia aparecido diante dela.

“O que faz aqui, Stephan?”

Anastasia olhou para o homem à porta, com os olhos desprovidos de qualquer calor.

Depois de alguns segundos de silêncio, ele falou. “Vou levá-la até Juliana.”

“Ai, ai!” Uma risada debochada escapou dos lábios rosados de Anastasia, que o encarava com desdém. “Eu era muito boba antes, não era? É por isso que acha que não importa o que diga, vou acreditar? O que você vai fazer agora, Stephan, é dizer àqueles dois que vou desistir do processo, mas que devem soltar minha avó agora mesmo!”

Ela não falava, vociferava.

Amélia estava fora do hospital há um dia, não podia suportar imaginar sua avó debilitada nas mãos implacáveis de Kaique, suportando sabe-se lá que tipo de tratamento desumano.

Quando esse pensamento lhe ocorreu, não conseguiu mais ficar parada.

Ela se levantou para sair, mas Stephan a segurou. “Aonde você vai?”

“Não te interessa!”, respondeu ela com raiva.

Ele franziu as sobrancelhas, insistindo com paciência: “Você não está pensando direito. Sair assim pode causar problemas.”

“E como as coisas podem ficar piores do que isso?”, Anastasia falou de volta, com seu tom de voz inflexível. “Stephan, é melhor a minha avó estar sã e salva, caso contrário, Kaique, Juliana e até mesmo seus preciosos parentes vão pagar!”