Vendo-a feliz, Stephan sorriu, mas não disse nada. Como Anastasia não queria trazer à tona o passado, ele também não queria. Apreciaria cada momento que passassem juntos agora.
Anastasia sentiu-se satisfeita após a refeição.
Quando Stephan limpou a mesa, perguntou: “Você sempre gostou de frutos do mar, né?”
Quando se casaram, as restrições alimentares em sua casa eram rigorosas, então Anastasia raramente tinha a chance de comer comidas comuns e bem temperadas. Deve ter sentido a falta.
“A vila onde cresci fica perto do mar, e há lagoas ao redor também. Cresci brincando nesses lugares, claro que gosto. Minha avó é muito boa em fazer pratos com esses ingredientes.” Anastasia recostou-se na cadeira e enxugou as mãos, que ainda estavam levemente perfumadas pelo sabonete, com um pano.
“Estou feliz por você gostar. Se estiver ocupada, pode voltar para o seu quarto. Também tenho coisas para fazer”, disse Stephan, indo em direção à cozinha.
“Precisa de ajuda?” Anastasia levantou-se, sentindo-se um pouco envergonhada de perguntar. Ele tinha preparado todas as refeições do dia. Não era certo deixá-lo fazer todo o trabalho.
“Não, pode voltar ao trabalho.” Stephan queria que passassem mais tempo juntos, mas reconquistar alguém exigia paciência.
“Tudo bem.” Anastasia não insistiu.
Voltou para o quarto e fechou a porta. Ela ainda podia ouvir ruídos fracos do lado de fora.
Não sabia quanto tempo Stephan passou preparando a comida, mas suas ações a pressionaram.
Percebeu que deveria fazer algo no dia seguinte, não podia deixar que ele fizesse tudo, caso contrário se sentiria em dívida.
Prestes a sentar-se e continuar seu trabalho, seu celular tocou.
Viu que era de Luana, então abriu a mensagem sem hesitar.
‘Sua avó não quer ficar no hospital e insistiu em ir para casa hoje. O médico disse que ela pode se recuperar em casa, mas você a conhece. Ela não vai para casa e descansar, você precisa ligar e convencê-la.’
Sua avó precisava ouvir umas verdades, era uma teimosa; estava voltando a desobedecer.
‘Tudo bem, vou ligar agora mesmo.’
Anastasia discou o número de Amélia.
Pensando que poderiam conversar um pouco, a mulher saiu do quarto e desceu as escadas.
“Oi, vó”, disse ela assim que a idosa atendeu.
“A senhora é a paciente e deve ouvir o médico. Já parou para pensar por que estou ganhando dinheiro? Se não leva seu tratamento a sério, qual é o sentido de eu trabalhar tanto?”, perguntou Anastasia desamparada.
“Eu sei, estou tomando meus medicamentos”, a idosa continuou insistindo.
Anastasia sabia que era inútil continuar, então disse: “Você tem que me ouvir desta vez. Fique no hospital. Luana pode cuidar de você aí, se for para casa, ela não vai poder te ajudar.”
“Mas nem sempre podemos dar trabalho para os outros, né? Luana também está muito ocupada, não devíamos incomodá-la.” Amélia tentou negociar. “Luana também tem seu próprio emprego...”
“A senhora tem que me ouvir. Fique no hospital. Vou terminar meu trabalho em Junho, aí pode voltar para casa, está bem?” Anastasia falava sério.
Amélia suspirou. “Tudo bem... farei o que disser.”
Era apenas mais um mês, de qualquer forma. Amélia sabia que, se não concordasse, Anastasia não seria capaz de se concentrar em seu trabalho.
Sua neta deu um suspiro de alívio.
Desligando o telefone, ela se virou para voltar, mas viu Stephan parado debaixo da árvore no pátio olhando para ela.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O preço do recomeço
O livro está como concluído, mas não está completo. Lá no Taplivros ele vai até ao 1012...
Bom dia, você não vai liberar mais capítulos?...
O livro é bom, mas tem mais capítulos?...
Ainda irão publicar os capítulos?...
Amando a história e ansiosa pela continuação........