O preço do recomeço romance Capítulo 190

Stephan estremeceu de dor, mas não recuou. Em vez disso, sorriu enquanto olhava para Anastasia. “Fui longe demais? Peguei um voo ontem em Pendorf às 9h e vim para Ouisford só para explicar as coisas. Mas quando cheguei, você tinha mudado de hotel sem dizer uma palavra. Estou te procurando até agora. Pedir um beijo como compensação é demais?”

Ela, porém, pensava diferente: Só um beijo? Parecia mais é que queria me devorar. “Stephan, não tenho nada para te dizer.” Ela ergueu o olhar para ele. Seus olhos eram profundos como o mar, mas os desviou logo depois.

Ele, no entanto, levantou a mão e segurou o queixo dela com gentileza. Olhou para o leve rubor em seu rosto e para suas pálpebras tremendo. “Se não tem nada a dizer, então não vamos falar”, disse ele baixinho, beijando-a de novo. Enquanto inclinava a cabeça, beijou-a bem devagar, centímetro a centímetro. Cada movimento era feito com cuidado e algumas tentativas imperceptíveis de agradar.

“Somos casados. Mesmo que você discuta comigo, não vou discutir de volta”, sussurrou ele.

Por infelicidade, ela só franziu as sobrancelhas. “Stephan, eu quero o divórcio. Não estou brincando.” Estava cansada do constante sentimento de insegurança. Não tinha mais energia para se preocupar com a situação confusa entre Juliana e ele.

Stephan segurou o rosto dela nas mãos. “Não vamos nos divorciar. Sei que está chateada por causa da Juliana, mas juro que o título de esposa será sempre seu”, sua voz era calma, sem instabilidade emocional.

Anastasia, contudo, virou o rosto. “Não quero esse título.”

“Foi você quem quis casar comigo, mas agora quer o divórcio. O que acha que eu sou? Acha que é tão assim fácil lidar comigo?” Ele segurou o queixo dela com firmeza e seus olhos de repente se encheram de raiva.

Sua respiração acelerou; ela encarou-o com intensidade. “Nós já passamos por isso. Vou te dar todo o tempo que precisar para pensar bem.”

“Não precisa! Vou tomar um banho. Me arranja uma toalha.” Ele libertou-a.

Ela apenas se encostou à porta e o observou com os olhos injetados em resposta.

“Não te tratei bem o suficiente? Não estou nem um pouco zangado, mesmo quando se recusa a atender minhas ligações e me faz procurar por você. O que mais quer de mim?”, perguntou ele.

Lágrimas brotaram nos olhos dela, que sufocou o choro.

Stephan engoliu qualquer palavra que pudesse machucá-la no instante em que a avistou chorando. Em vez disso, se aproximou e a abraçou, acariciando suas costas com suavidade. “Eu sei que é difícil, mas falo sério, realmente não gosto dela.”

“Não pode simplesmente me deixar ir?”, perguntou ela em prantos.

Ele apenas apertou o abraço e apoiou o queixo em seu ombro. “Não.”

Quando ouviu sua resposta, ela estendeu a mão, se agarrou às roupas dele e mordeu o lábio tentando seu melhor para controlar suas emoções.

Ele beijou seu pescoço devagar, movendo-se para baixo. Seu corpo ficou mole e ela desabou em seu abraço.

“Amor”, disse ele com ternura, confortando-a.

Ainda assim, ela choramingou e se encolheu.

Ele a levou para a cama e beijou todo o corpo dela.

Quando acabaram ela se deitou na cama atordoada enquanto respirava ofegante.

“Vou levá-la para o chuveiro.” Stephan levantou-se e, no processo, levantou-a da cama.

“Sai.” Ela se contorceu aborrecida.

Isso o fez rir, e os dois continuaram a lutar de brincadeira na cama até que a campainha tocou.

Stephan agarrou o cobertor e se cobriu. “Deve ser Cristiano. Pedi para me trazer algumas roupas. Não tenho nada para vestir. Pode abrir a porta?”

“Vai desse jeito mesmo. Vocês dois são homens.” Anastasia estava deitada, sem mover um centímetro.

“E se ele for gay?”, perguntou ele.

Ela não se incomodou em responder. Irritada, fechou os olhos e deixou-o falando sozinho.

“Amor.” O homem beijou sua bochecha.

Ela não resistia aos beijos contínuos e as palavras doces. Levantou-se com relutância e foi pegar as roupas.

Quando abriu a porta e viu Cristiano, sentiu que as coisas estavam indo um pouco longe demais. O que Cristiano, sempre tão diligente, fez de errado?

“Obrigada. Desculpe incomodá-lo”, agradeceu ela com uma expressão educada e pegou a sacola com as roupas.

“Não é problema nenhum, Sra. Graham. Este é o meu trabalho”, respondeu com polidez.

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