O preço do recomeço romance Capítulo 183

“Vou compensá-la por isso”, respondeu Stephan.

“Você sempre foi assim? Não entende como é quando algo que ama é substituído por algo que não gosta. Você só se preocupa com seus próprios sentimentos e não liga para como os outros podem se sentir”, o homem falou com sarcasmo.

“Então está dizendo que sua irmã sempre foi assim?”, indagou Stephan.

“O que quer dizer?”, o tom de voz de Kaique mostrava descontentamento.

Stephan perguntou: “Você sabe muito bem o que quero dizer. Por que ela não pediu desculpas às pessoas a quem causou problemas até agora?”

“A culpa é dela?”, retorquiu o homem do outro lado da linha. “Você sabia que minha irmã gostava de você, mas ficou de namorico com outra de propósito. Ela postou no Instagram, e você a envergonhou.”

Stephan recostou-se na cadeira e disse com indiferença: “Nunca retribui os sentimentos dela.”

“Quando minha irmã se opôs ao seu casamento naquela época, por que você não considerou como ela se sentiria? Ela também tem o direito de gostar de alguém. A culpa é dela?”, questionou Kaique de forma brusca.

“Sua irmã contou sobre o primeiro amor dela?”, zombou Stephan.

“Pelo que está dizendo, nega o primeiro amor dela, né? Prometeu tratá-la bem só para usá-la, e assim que acabar, vai jogá-la fora. Stephan, pode me esclarecer tudo o que fiz por você?”, o homem perguntou com decepção.

“Não sabe como trato sua irmã? Preciso usá-la?”, perguntou Stephan.

Não fosse por Juliana, sua relação com Anastasia jamais teria chegado a este ponto.

Pelo futuro dela, nunca revelou nada, mesmo que Anastasia o entendesse mal.

“Stephan, minha irmã me disse que é apaixonada por você há muito tempo. É tudo culpa sua. Não vai assumir a responsabilidade?”, o homem falou com raiva.

“Está sugerindo que prometi cuidar dela e depois cometi um erro ao cuidar dela?” A voz amarga de Stephan trazia uma pitada de sarcasmo.

“Quem é responsável por esta situação? Você sabe melhor do que eu.” O homem desligou o celular logo depois de dizer isso.

Stephan encarou a tela do computador.

Parecia que não havia maneira de resolver aquele assunto de forma amigável.

Enviou uma mensagem a Cristiano, que estava cuidando dos negócios: ‘Não há necessidade de encontrar programas de variedades para ela.’

Quando Cristiano voltou, entregou-lhe um cartão. “Diga a Juliana que há 4,5 milhões neste cartão. Os assuntos dela já não me dizem respeito.”

“Está bem...” O funcionário pegou o cartão sem entender a razão por trás daquilo.

Não muito tempo depois deste incidente, Anastasia recebeu uma ligação de Luana.

“Depois que Juliana veio e nos causou problemas, Stephan a ignorou completamente! Que estranho!” Luana estava curiosa.

Depois de desligar o celular, Anastasia abaixou o olhar para o padrão de bordado em que estava trabalhando, balançou a cabeça e afastou os pensamentos desordenados.

À noite, quando estava saindo do ateliê, uma pessoa bloqueou seu caminho.

A pessoa usava uma boina e uma máscara preta. Vestia um traje militar verde e exalava um ar perturbador.

“Quem é você?” Anastasia instintivamente deu um passo para trás.

“Ouvi dizer que você estava procurando artesãos para sua chefe, Alana, certo?”, o homem perguntou mantendo a cabeça baixa de modo intencional, como se tivesse medo de ser reconhecido.

“Estou”, assentiu Anastasia.

De fato precisava de artesãos para ajudar com alguns acessórios para as roupas que estava fazendo, mas não se sentia à vontade com aquele homem.

“Venha comigo. Nosso chefe quer vê-la”, disse o sujeito, que se virou para ir embora.

Anastasia não o seguiu, voltou ao ateliê.

Observou o homem na sombra debaixo da árvore através da porta de vidro.

Não conseguia ver sua sombra com clareza, mas não conseguia se livrar da sensação de mal-estar.