Anastasia ficou apavorada.
Pensou na ameaça de Stephan a respeito de Eric. Seu paradeiro era desconhecido e ele apoiava Juliana financeiramente. Enquanto ele não quisesse, ninguém descobriria sobre os dois.
E, desta vez, Anastasia não sabia se era intencional.
Sua mente estava em turbilhão. Suspeitava de Stephan, mas não queria acusá-lo sem provas.
Sentada em seu escritório, deixou o celular de lado e franziu a testa; sua insatisfação atingiu seu pico.
Então seu celular tocou.
Era Stephan. Anastasia encarou o aparelho, mas não atendeu.
Ele ligou várias vezes, mas a estilista não atendeu nenhuma delas.
Sua assistente, por fim, entrou em seu escritório com o celular, parecendo perturbada. “O Sr. Stewart está ligando; disse que virá aqui se não atender.”
A mulher se recusou sem pensar duas vezes. “Não vou atender.”
A assistente levou o celular ao ouvido e disse: “O Sr. Stewart disse que se você não atender, o Sr. Graham virá pessoalmente.”
A assistente também tinha lido as notícias online.
De qualquer forma, pensou que Stephan estava perseguindo sua chefe, não entendia muito bem o relacionamento deles.
“Apenas diga para tentarem se tiverem coragem.”
Ela bateu o caderno com força sobre a mesa. O estrondo assustou a assistente, que saiu depressa do escritório.
Quando ela desligou, Stephan pareceu desamparado. “Anastasia nem está prestando atenção em nós.”
Resolver o assunto era moleza para Stephan, mas ele tinha segundas intenções. Queria tornar pública sua relação. Mesmo sabendo que ela estava com raiva, ligou na esperança de que a chamada pudesse cumprir seu desejo.
“Ela está com raiva”, disse Stephan, ciente de que, desta vez ela estava furiosa.
Devia pensar que nada de bom acontecia quando o encontrava.
“O que você vai fazer? Esta situação abre margem para que Eric possa tirar vantagem”, sugeriu Kauã.
“Como ela nem vai me atender, pode ir por enquanto”, disse Stephan.
Não queria desistir daquela oportunidade só porque Anastasia não o atendia. Ainda queria falar com ela pessoalmente, convencê-la, e tornar seu relacionamento público. Assim, não se sentiria desconfortável com outros homens ao seu redor só porque pensavam que eram primos.
Após o trabalho, Anastasia não foi ao ateliê, deitou-se no sofá do escritório, perdida em pensamentos.
Só queria se concentrar em seus projetos, não se envolver em assuntos confusos.
Stephan esperou no apartamento alugado em Pendorf a noite toda, mas ela não voltou.
O jantar tinha esfriado. Ele requentou, mas esfriou de novo...
Ao amanhecer, com uma expressão de insatisfação, olhou para o céu brilhante. Ele sentou-se.
Pegou o celular e verificou a hora.
Eram quase 8h.
Olhou para o jantar ainda na mesa sentindo-se impotente.
Stephan tomou um banho e ligou para Cristiano.
Anastasia não estava. Ele fez questão de passar algum tempo com a idosa durante os primeiros dias do feriado.
“Eu queria descansar na sua casa”, respondeu ele ainda na porta.
Amélia abriu a porta, estendeu a mão para lhe tocar o rosto, observando-o. “Você parece cansado. Não dormiu bem ontem à noite?”
“Sim. Ana está com raiva de mim, então não consegui dormir”, respondeu, sua voz um pouco rouca.
“Vocês brigaram de novo?”, perguntou a idosa sentindo-se desamparada. Sua maneira de se dirigir à neta também mudou.
“A culpa é minha”, disse Stephan.
“Nós mimamos demais essa menina. Quer que eu ligue para ela?”, Amélia perguntou enquanto o seguia.
“Não precisa. Já me sinto melhor por estar aqui”, contou-lhe Stephan.
Os olhos de Amélia suavizaram-se. “Quer um chá? Acabei de colher um pouco de mel, é uma combinação deliciosa.”
Ele assentiu. “Parece bom, mas ainda não comi nada, estou com fome.”
“Tem um bife à milanesa do almoço. Quer?” A idosa sorriu feliz.
“Com umas gotinhas de limão e algumas batatas, se puder. Estou morrendo de fome”, disse ele com um sorriso virando-se para ela.
Amélia pareceu rejuvenescer alguns anos e sorriu com grande alegria. Entrou na cozinha e começou a preparar um prato para ele.
Quando Stephan entrou na casa, sentou-se no corredor enquanto observava a idosa na cozinha.
O ambiente foi projetado por Anastasia, com a porta da frente de ferro e nenhuma porta atrás. Quando a porta da frente ficava aberta, o piso do corredor brilhava com a luz vinda de fora. Era relaxante sentir o vento soprar sentado na poltrona do corredor.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O preço do recomeço
O livro está como concluído, mas não está completo. Lá no Taplivros ele vai até ao 1012...
Bom dia, você não vai liberar mais capítulos?...
O livro é bom, mas tem mais capítulos?...
Ainda irão publicar os capítulos?...
Amando a história e ansiosa pela continuação........