O poder do Dragão romance Capítulo 2650

O silêncio opressivo na arena era palpável, o ar carregado com o peso da presença de Helius. Os discípulos da Seita do Caldeirão Esmeralda, encolhidos de medo, mantinham as cabeças baixas, evitando o olhar penetrante do ancião lendário. O chão, ainda marcado pelos escombros do confronto, parecia vibrar com a tensão, enquanto o cheiro de poeira e sangue pairava como um lembrete do caos recente. Apenas Jared, com uma coragem que beirava a insolência, ergueu a cabeça, seus olhos encontrando os do velho sem vacilar, uma chama de desafio brilhando em seu olhar.

Helius, flutuando no ar, sua túnica cinza esvoaçando como uma nuvem de tempestade, virou-se para o rapaz. Por um breve momento, seus olhares se cruzaram, uma troca silenciosa que parecia medir forças.

A expressão do velho permaneceu indecifrável, mas ele desviou a atenção, voltando-se para os anciãos ajoelhados. “Da montanha dos fundos, senti uma aura poderosa se espalhando pela seita”, disse, com a voz grave ecoando como um trovão distante. “O que diabos está acontecendo aqui?”

Ebenez e Ghaylen trocaram olhares ansiosos, o medo evidente em seus rostos inchados pelas tapas autoimpostas. Ebenez, com a boca ainda dolorida, falou com dificuldade: “Senhor, um discípulo rebelde invocou a besta demoníaca suprema do Governante Octo. A aura que sentiu veio dessa fera!” Sua voz tremia, o suor frio pingando de sua testa enquanto tentava desviar a culpa.

O velho fez uma careta, a raiva contida em seus olhos intensificando-se. “Invocar a besta demoníaca suprema? Se isso sair do controle, a Seita do Caldeirão Esmeralda estará em ruínas! Quem foi o responsável? Dê um passo à frente!” Sua voz cortou o ar, exigindo obediência.

Ebenez, apressado, respondeu: “Senhor, o discípulo já está morto. Foi decapitado na arena...” Ele baixou a cabeça, aliviado por Bilius, agora morto, carregar a culpa. Se ele estivesse vivo, Helius me destruiria por permitir isso, pensou, um alívio egoísta misturado ao luto.

“Decapitado? Mesmo após invocar a besta suprema, alguém o matou?” O velho ergueu uma sobrancelha, surpreso. “Onde está a besta agora? E o Governante Octo?” Sua aura, embora contida, fazia o ar crepitar, pressionando todos com seu peso.

Ebenez, hesitante, apontou para o jovem. “Foi Jared Chance. Ele feriu a besta demoníaca suprema e a selou de volta no Governante Octo. Agora, possui a arma.” Sua voz carregava um tom de ressentimento, mas mantinha a cabeça baixa, temendo a reação do velho.

“Feriu a besta suprema?” Helius repetiu, a surpresa evidente em sua voz. Seus olhos varreram a multidão, estreitando-se. “Quem é esse Jared Chance?”

“Eu”, declarou o rapaz, levantando-se entre os discípulos com uma calma que desafiava a gravidade da situação. A multidão prendeu a respiração, chocada com sua ousadia. Ele sabia que ficar em silêncio não o protegeria pois Ebenez já o delatara. Melhor enfrentar isso de frente, pensou, endireitando os ombros.

Ebenez, por outro lado, escondia um sorriso malicioso. Se ele desafiar Helius, estará acabado, pensou, regozijando-se com a possibilidade de ver seu inimigo destruído.

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