Quando Sharon voltou a si, lágrimas brotaram de seus olhos e, em voz baixa, pediu desculpas mais uma vez à criança. A cena a tocou profundamente, deixando-a um tanto inquieta. Sem perceber, sua mão se ergueu e afagou a barriga.
Neste momento, Riley estendeu a mão e segurou a de Sharon, dizendo:
— Sharon, não precisa fazer isso se estiver com medo. Veja, mesmo que Sebastian tenha herdado o gene da loucura, ele está bem, não está? — Ela não queria que Sharon sofresse daquela maneira.
Sharon demonstrou um lampejo de hesitação, mas respondeu rapidamente:
— Não, não posso arriscar. Estamos falando de uma vida. Se eu der à luz uma criança com problemas de saúde, eles só ficarão ressentidos comigo no futuro. —
Riley abriu a boca, mas as palavras de aconselhamento ficaram presas, temendo dar orientações precipitadas. Se ela convencesse Sharon a ter o bebê e a criança acabasse não sendo saudável, ela se sentiria culpada por ter incentivado a amiga.
As duas aguardaram por um momento até que a enfermeira, que estava parada na porta da sala de cirurgia, chamasse:
— Senhora Jeans? É a sua vez! —
Sharon sentiu a tensão aumentar e uma tristeza interior se apossou dela. Então, murmurou em seu coração, dolorosamente: ‘Sinto muito, querido. Eu simplesmente não posso correr esse risco...’
Riley ofereceu conforto:
— Vá em frente, vou esperar por você aqui. —
Sharon se levantou e caminhou lentamente em direção à sala de cirurgia, com o coração batendo de forma desigual. Até que, uma voz masculina, fria e familiar, soou por trás dela, deixando Sharon chocada e paralisada.
Ela não se virou para olhar, mas sabia exatamente quem era e apenas parou por um breve momento, mas sua mente se encheu de pensamentos sombrios. ‘Será que ele descobriu e veio me impedir?’ Então, Sharon acelerou os passos e correu para a sala de operações.
No entanto, Simon a deteve com uma voz gelada e dominante:
— Sharon, é melhor você ficar onde está. Acha que alguém ousaria operá-la sem minha autorização? —
Sharon havia alcançado a porta da sala de cirurgia, mas foi obrigada a parar. Finalmente, ela se virou para enfrentar o homem que estava parado a pouca distância:
Simon franziu os lábios finos e a observou. Então, disse:
— Confio que meus genes não são tão ruins, e acredito que os seus também ficarão bem. Caso contrário, não teríamos um filho tão brilhante quanto Sebastian. —
— A questão não é sobre ser inteligente ou não! É sobre a saúde da criança e se ela terá problemas por minha causa! — Ela insistiu.
Simon, por sua vez, não considerava esse assunto tão assustador:
— Sebastian não está saudável? Mesmo herdando o gene da doença mental, você fez alguns testes e descobriu que ele é recessivo. A criança ficará bem, contanto que ninguém a provoque... —
Para Sharon, entretanto, a situação era diferente e ela não conseguia superar aquele obstáculo em seu coração:
— Já disse antes, e vou repetir: não quero mais filhos. — Ela estava determinada.
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