O CEO sem coração romance Capítulo 88

LINDA

"Boca gostosa".

Ele quer me deixar louca mesmo!

Já vi que ele quer mesmo. Ele já admitiu. Me pedindo satisfação, perguntando se eu tenho medo… e esse comentário depois do beijo não é nada de quem finge.

Boa sorte para mim com esse homem fazendo essas coisas.

Ele já me beijou 3 vezes. Eu nem de longe sou mais inexperiente!

E aquele olhar provocador… suas investidas.

"Boca gostosa"

Ele acha a minha boca gostosa. O Rômulo!

A ficha não quer cair.

E ele me deixa paralisada quando faz essas coisas. Eu fico totalmente refém dele.

Um homem do nível social dele afim de mim! O que será que ele viu em mim?

Eu disse para ele não brincar com os meus sentimentos e depois ele me beijou e fez esse comentário.

Eu quero acreditar que ele levou minhas palavras a sério e não está brincando comigo.

— Linda, você está bem? — Gustavo apareceu na minha frente, antes de eu entrar na sala dele.

— Sim. Por que?

— Está com a pele agitada. As bochechas muito vermelhas. Está com alergia?

— Talvez seja. — eu toquei no meu rosto e estava quente.

— E a virose? — ele abriu a porta do escritório e eu entrei. Ele veio logo atrás.

— Já estou bem. Desculpa por ter faltado antes. O Rômulo falou com você antes de mim. — sentei numa cadeira.

— Ele estava preocupado com você. Você fez milagre com o meu amigo, Linda. Merece o prêmio Nobel da paz. Ontem ele nem ameaçou de despedir ninguém!

— Ele faz isso todo dia é? — fiquei curiosa. Eu fazendo milagre… será mesmo que ele está mudando por minha causa?

— Sim. E chama metade dos funcionários de inúteis. Eu sou sócio dele e uma vez ele se estressou tanto comigo que disse que iria me demitir. — ele sentou na poltrona. — Me demitir! O sócio! — ele contava impressionado. — Agora ele só pensa em você e nos atormenta menos. Por favor, nunca termine com ele.

Isso eu não posso prometer.

Eu dei risadas (aquela risada com uma pitada de hellllp!).

Peguei a agenda e dei uma olhada nos compromissos dele. Também comecei a anotar os novos compromissos.

Ele estava fazendo as coisas no computador.

Depois de um tempo, uns 20 minutos, eu peguei um cafezinho pra gente e tomamos.

— Linda, vai sair um documento na impressora 3. Preciso que grampeie e leve ao Rômulo. Diga a ele que é um projeto.

— Tá bom. — levantei do meu lugar e saí da sala.

Eu vou ter que ir lá na sala dele!

Eu só esperava ver o Rômulo na hora do almoço!

Ó céus! Eu não sei como reagir na frente dele depois do que ele comentou sobre a minha boca.

Completamente sem jeito para esse tipo de elogio.

Acho que o Rômulo é daqueles caras que não ficam com uma mulher sem a intenção de levá-la para a cama. Por isso que eu não posso ceder a ele! Eu sou virgem.

Peguei os papéis na impressora, grampeei e levei para a sala do Rômulo.

Quando saí do elevador a recepcionista nem ousou vir atrás de mim. Ela já sabe que eu não preciso marcar horário.

Eu tô agindo mesmo como se fosse namorada dele…

— Linda! — Laisa veio ao meu encontro e me cumprimentou.

— Oi, Laisa. Como está?

— Bem. E você? O Sr. Gustavo disse que você estava doente.

— Sim. No fim de semana. Uma virose daquelas. Mas já estou bem.

— Ainda bem. É esse tempo. A minha tia também estava de virose na semana passada. — ela comentou e olhou para as minhas mãos. — O que é isso?

— É para o Rômulo. Ele está?

— Sim. Está. Mas ele está numa reunião com a RP.

— Com a RP?

Aquela metida.

— Oi.

— O Sr. Gustavo mandou te entregar isso.

— Cadê as formalidades? — ela perguntou de um jeito repugnante.

— Eu não preciso disso. Preciso, Rômulo? — olhei para ele e tentei deixar de lado o jeito como as palavras dele me afetaram anteriormente.

— Não. — ele pegou os papéis da minha mão, encarando a minha boca.

Acho que ele acha a minha boca gostosa mesmo.

Eu olhei para a RP, para não sucumbir ao constrangimento dos olhares do Rômulo.

— O que você iria dizer mesmo? — Rômulo perguntou a ela.

— Iria dizer que você, quer dizer, o Sr. deveria ver logo quem vai te acompanhar no tapete vermelho. Esse evento é muito importante para a empresa.

Ela só pode estar brincando.

— Eu não preciso pensar. Não está óbvio?

Ela olhou para mim, como se não se conformasse. — Você vai levar essa garota para o dia mais importante do ano para a empresa?

— Essa garota tem nome. — eu lembrei, cruzando os braços.

— Mas o namoro de vocês nem… nem é de verdade! — ela protestou. — Você deveria levar alguém a sua altura.

— Como você? — eu perguntei.

— Eu, a Ana Cláudia. Qualquer mulher tem mais classe que você, garota. — ela me afrontou.

Eu fiquei perplexa. — Eu posso te mostrar a minha classe. — pensei em ir pra cima dela, mas o Rômulo segurou na minha coxa e me puxou. Eu me arrepiei toda.

Eu me aquietei e ele se levantou, apoiando as mãos em cima da mesa, e encarou a desgraçada. — Se eu ouvir você falando mais uma vez sobre a veracidade do meu relacionamento, você será a próxima a ver o olho da rua. Então aproveite que esta semana estou de bom humor e repense as suas propostas e atitudes. Você sabe muito bem que eu não vou levar nenhuma outra mulher para a premiação. Eu tenho uma namorada, então eu levarei ela. Não faz sentido aparecer com nenhuma outra. Você foi uma das pessoas a me incentivar a assumir o namoro, então não fique se contradizendo. Outra coisa, eu já disse que o que tivemos foi só uma coisa de momento, então não misture as suas intenções pessoais com o trabalho. Agora saia.

Eita. Eu até baixei a cabeça depois dessa. Doeu em mim.

— Está bem. Desculpa, Sr. — ela pediu de cabeça baixa e depois olhou para mim com desprezo e saiu. Eu também já tinha feito o que o Gustavo mandou, então resolvi sair.

— Você não, Linda. — ele disse.

Ai meu pai, o que será que ele quer? Será que vai reclamar comigo também?

@autora_nikole

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