Rd narrando
Eu andava de um lado para outro nervoso.
- Ela já deve ter aberto a boca – Fernanda fala.
- Se ela tem amor a vida dela, não – Jk fala.
Eu olho para eles.
- Onde você estava Fernanda? – eu pergunto para ela.
- Resolvendo umas coisas pessoais – ela fala e olha para lado – Cade PH?
- Por ai – eu falo.
- É isso mesmo que eu fui resolver – ela fala – vou mandar Julia para o mais longe possível desse lugar.
- Desse lugar que é a sua casa – eu falo para ela.
- Ela é minha filha, eu não quero ela envolvida com bandido – ela fala – não quero que ela tenha o mesmo destino que o meu ou de Malu.
- Tu tá ligada que Ph não é o que você acha que ele é né? – eu pergunto.
- Aham – ela fala.
Ph entra na sala.
- Nosso informante acabou de avisar que eles largaram Malu em um matagal – ele fala.
- Morta ou viva? – eu pergunto.
- Ainda não sabemos – Ph fala.
- Vamos para lá – eu falo.
- Você tá louco, isso pode ser perigoso – Fernanda fala.
- Vamos – eu falo pegando a minha arma.
Com o endereço em mãos, nos dirigimos até o local com alguns homens armados, eu desço do carro junto com Ph e Jk.
- Maria Luiza? – eu pergunto apontando a arma para todos.
- Vamos nos dividir – Jk fala.
Nos dividimos e começamos a procurar ela no meio do mato até que encontramos ela nua e desacordada jogada em um canto.
- Ela está viva ? – Ph pergunta.
- Parece que sim – eu falo – vamos levar ela para o posto no morro.
- Vai saber o que fizeram com ela – Jk fala – ela precisa ser levada para outro lugar, para um hospital.
- E descobrirem que ela está viva? Eles a jogaram aqui para morrer – eu falo – ninguém ia saber onde ela estava, ninguém sabia que ela estava naquela penitenciaria. Iriam colocar a culpa em nós pela sua morte.
Eu pego ela no carro e coloco ela no banco de trás do carro, levamos ela para o psoto do morro e eles correm com ela para dentro.
- Ph – eu chamo
- Oi – ele fala.
- Tenta descobrir com nosso informante como foi a conversa dela com eles – eu falo – se ela abriu a boca.
- Os policiais te descartaram em um matagal – eu falo – para morrer.
- Policiais? Matagal? – eu pergunto – do que você está falando.
- Deixa de ser tonta Malu – eu falo para ela – os policiais entraram no quarto onde você estava com Perigo – ela me encara – Te levaram para onde?
Ela me encara pensativa e arqueando a sobrancelha para mim, ela começa a piscar várias vezes, respira fundo e solta a sua respiração.
- Eu não lembro muito bem – ela fala – eles me levaram para um sala, começaram a me ameaçar, dizendo que eu seria presa e que eles poderiam me matar se eu não falasse o que eles queriam ouvir.
- E você falou? – eu pergunto.
- Não – ela fala – você está louco? – ela pergunta – Perigo me acharia até no inferno, me desenterraria para me matar de novo. Eles me deram algo para beber, me obrigaram a beber e depois disso eu não lembro de mais nada.
- Tem certeza? – eu pergunto para ela – eu não sei confio em você Maria Luiza.
- Estou falando a verdade – ela fala.
- Perigo estava te batendo e ele iria te machucar muito, você não usaria essa chance para se livrar dele? – eu pergunto.
- Estou aqui – ela fala – eu não fiz nada , eu não falei nada . Estou a tantos anos ao lado dele, com ele me batendo, me humilhando, fazendo minha vida um inferno e nunca o denunciei, agora que estou com todos vocês de olho em mim, você acha que eu iria fazer isso?
Ela me encara e eu encaro ela.
Ph entra na sala e me chama de canto, eu me aproximo dele.
- Ela não falou nada – ele fala – eles nem contaram que pegaram ela lá, e por ela não contar nada, eles estão mantendo Perigo preso em outro lugar, como castigo.
Eu encaro ela e ela me encara e assinto com a cabeça para PH.
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