Arthur levantou o dedo, limpando suavemente a água da chuva que escorria do canto dos olhos dela e, com uma voz rouca, começou a falar: "Nos velórios."
Ele tinha-a reconhecido desde então, apesar de ela estar a usar uma máscara na altura.
Tânia baixou as pálpebras, um ligeiro sorriso tocou-lhe os lábios, o seu olhar pousou precisamente no dedo dele que segurava o guarda-chuva e, com uma voz suave, provocou: "Ah, pensei que não me tivesses visto."
"Cansado?"Nesse momento, Arthur passou a mão pelo cabelo dela, reparando que as pestanas de Tânia tremiam ligeiramente e que as suas bochechas estavam cheias de cansaço. Por impulso, a sua mão deslizou para a nuca dela, apertando-a com uma firmeza moderada.
Tânia estremeceu com o seu gesto, o calor seco da palma da mão dele massajando suavemente a sua nuca, concentrando todos os seus sentidos nessa área, um tremor intenso começando a espalhar-se do seu coração para o resto do seu corpo.
Ela franziu a testa, tentando controlar as batidas aceleradas do coração, e assentiu honestamente: "Sim, um pouco."
Arthur sorriu levemente, sua mão larga naturalmente pousando sobre o ombro dela enquanto inclinava o guarda-chuva: "Vamos, vou te levar para descansar."
...
Dez minutos depois, Tânia observava pela janela do carro o Apartamento de RN se aproximando, seu olhar intenso recaía sobre Arthur: "Sr. Arthur, você mora sempre aqui?"
Ele, com os lábios ligeiramente curvados, respondeu: "Sim, é sossegado".
Ela já tinha ouvido falar do Apartamento RN há muito tempo, um lugar que, segundo os rumores, era proibido a estranhos num raio de dez milhas. Não estava à espera que Arthur a levasse lá hoje.
Em pouco tempo, os dois apanharam o elevador do parque de estacionamento subterrâneo para entrar.
Tânia observou casualmente a disposição da mansão, um estilo sóbrio de cinzento e preto, decorado de uma forma única e meticulosa.
Ele parecia ter uma predileção especial pelo preto.
Na sala de estar, Tânia aconchegou-se no sofá, enquanto Arthur estava em frente à janela panorâmica, acendendo um cigarro. Ele virou-se e perguntou: "Desde quando é que começaste a trabalhar como agente funerário?"
Tânia concordou e levantou-se para seguir Leandro para fora da sala.
Caminhando a passos medidos, ela ponderou por um momento antes de perguntar: "Leandro, aquele jovem que foi enterrado, como ele morreu?"
Leandro parou, olhando para Tânia com surpresa: "O chefe não te contou?"
Tânia balançou a cabeça casualmente: "Não perguntei a ele, me conte."
Reflectindo brevemente, Leandro não se conteve e perguntou: "A senhora Vargas ainda se lembra do homem que viu no Jardim das Lágrimas?"
Após a lembrança de Leandro, Tânia recordou a primeira vez que viu Arthur, estreitando os olhos: "Aquele que estava de joelhos a pedir misericórdia?"
"Sim, foi ele que matou o Bruno! Ao mencionar esta pessoa, a voz de Leandro tornou-se mais firme, cheia de ódio.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Não Queria Sejamos Casais? Ok, Me Chame De Cunhada!
Espero que o autor atualize, paguei pra ler esse livro no app,n tinha nesse site ainda. Parou no mesmo capítulo. Mas a última atualização foi em dezembro. Nesse site foi esse ano. Estou com grande expectativa...
Podem continuar atualizando. Melhor livro...
Atualizem logo. Estou gostando muito desse livro...
Cadê os outros capítulos...
Cadê mais capítulos...
??...
Porque parou de atualizar???...
Atualização por favor...
Cadê o resto do livro,tô esperando a Dias....
Atualização por favor...