Não Queria Sejamos Casais? Ok, Me Chame De Cunhada! romance Capítulo 589

A garota que ele outrora tinha em alta estima, teve o canto da boca rasgado por ele.

Era raiva, talvez misturada com outros sentimentos sufocantes que preferia não mencionar.

De qualquer forma, essa foi a primeira vez que Tania teve uma discussão séria com ele, e era de uma calmaria que chegava a ser dolorosa.

Ele preferiria que Tania chorasse e o questionasse, ao invés de ver a extrema paciência escondida sob sua calma.

...

Cinco minutos depois, Arthur voltou para o quarto do hospital.

Ademir olhava para a tela do celular, um tanto perdido, mesmo ouvindo passos não levantou a cabeça.

Helena tinha estado espiando pela porta para ver o movimento no corredor, quando soube que Tania tinha ido embora, ele tentou ligar para ela e explicar, mas... depois da primeira chamada ser desligada, não conseguiu mais contato.

Suspeitava que tinha sido bloqueado.

E outro homem, com um rosto desconhecido, franzia a testa, fumava calmamente com uma expressão indiferente, e ao ver Arthur, perguntou com uma voz fria: "Você não mandou o Davi ficar em Cidade H cuidando dela? Como acabou voltando?"

Esse homem era o terceiro chefe da Família Capelo de Capital, Ziraldo Capelo.

Arthur não disse nada, sentou-se no sofá com um olhar sombrio, ignorando o próprio ferimento que sangrava, e acendeu um cigarro.

Ele exalou a fumaça, que turvava seu contorno frio e distante, e depois de um tempo, disse a Leandro ao seu lado: "Manda o Davi buscá-la no aeroporto."

Leandro acenou com a cabeça e foi ao canto do quarto ligar.

Ziraldo, com um histórico militar, possuía uma presença imponente que intimidava.

Seu rosto era sério, e sob as sobrancelhas densas, seus olhos brilhavam com uma luz gelada. Ele cruzou as pernas e riu sarcástico, "Eu ouvi o Davi dizer nos últimos dias que você tinha arrumado uma namoradinha interessante.

Ziraldo olhou para Helena, que ainda estava atordoado ao lado, e ergueu o queixo, "Se quiser ver seu chefe sangrando até a morte, continue aí parado."

Helena finalmente se tocou, notando que o ombro de Arthur, coberto pela camisa, estava todo manchado de sangue.

Ele praguejou e correu para buscar um médico.

Neste momento, Ziraldo soprava a fumaça à sua frente, olhando de lado para Arthur, "Eu estou aqui em RN para resolver o casamento arranjado da Raquel, depois volto para Cidade D. Se precisar de algo com a Família Brito, é melhor falar logo."

"Não preciso." O homem respondeu orgulhosamente com três palavras, mesmo com sua expressão turva pela fumaça, a ansiedade densa em seus olhos era inegável.

...

Enquanto isso, no aeroporto de Cidade H, Davi estava no carro, nervosamente fumando.

Já eram quase onze da noite, e ele tinha recebido notificação do aeroporto de RN de que Tania havia embarcado novamente no avião.

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