Sua língua forçou a passagem entre seus dentes, obrigando-a a se envolver com ele.
"Seja boa, me escute, sim?" Ele suavizou o tom.
Gabriela Clara Morais não se deixava levar facilmente, socando-o com força, resistindo.
Mas sua força era tão insignificante para ele que parecia mais um flerte.
O interesse dele crescia, suas respirações se entrelaçavam, e ele, mordiscando o lóbulo de sua orelha, a inquiria: "Quem é melhor, eu ou Leandro Ferreira?"
Gabriela Clara Morais não conseguia responder.
Diante de uma pergunta tão perturbadora, ela apenas cerrava os dentes, deixando que ele tirasse suas próprias conclusões.
Ela permanecia em silêncio.
Ele, então, redobrava seus esforços em atormentá-la.
E mesmo ao final, não conseguiu arrancar dela qualquer resposta.
Ofegante, ele mordiscava a parte de trás de sua orelha: "Ouvi dizer que o projeto de tratamento da sua mãe está indo bem, que ela já está quase recuperando a consciência, é verdade?"
Gabriela Clara Morais sentiu um aperto no coração.
Ela temia que Sandro Goulart se envolvesse naquilo.
"Por favor."
"Por favor, o quê?" Ele acariciava suavemente sua cintura: "Hmm?"
"Te imploro, não se meta com alguém que está em coma. Afinal, minha mãe criou Núbia Lopes como se fosse sua, ela não tem culpa."
Ele soltou uma risada sarcástica, aproximando seus lábios de seu ouvido: "Então me diga, entre eu e Leandro Ferreira, quem te satisfaz mais?"
Ele estava obstinado por uma resposta.
Era apenas o ego masculino falando alto.
Forçada a uma escolha, ela mentiu: "Você."
"Você esteve com ele, não é?" Ele subitamente se enfureceu, empurrando-a com força, a expressão distorcida pela raiva: "Gabriela Clara Morais, você tem muita coragem, me traindo. Você vai pagar por isso."
O tremor nos olhos de Gabriela Clara Morais.
Não era essa a resposta que ele queria?
"Gabriela Clara Morais, você é mesmo incrível."
Pensando que a raiva de Sandro Goulart deveria ter diminuído, ela decidiu ir até ele pedir desculpas. Talvez, com sorte, se ela o agradasse, ele desistiria de qualquer vingança contra ela.
Afinal, ela realmente não suportaria sua retaliação.
Na manhã do terceiro dia.
Ela acordou cedo, vestiu uma roupa que sabia ser do agrado de Sandro Goulart, aplicou uma maquiagem cuidadosa e preparou-se para visitar a Família Goulart.
Nas mãos, levava pequenas delícias que ela mesma preparou.
Desde a preparação até o produto final, gastou quase duas horas, e estava delicioso.
Antes de sair, ela se olhou no espelho, aparentando estar bem.
Ela era como uma flor de lótus, radiante em sua beleza.
Mal entrou no carro, recebeu uma ligação do Hospital Harmonia & Confiança: "Alô?"
"Srta. Morais, por favor, venha ao hospital. Houve um problema inesperado com o projeto, sua mãe ela..."
Gabriela Clara Morais sentiu uma dor aguda no peito.
Como se um mau presságio a assombrasse: "O que aconteceu com minha mãe?"
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