Gabriela Clara Morais olhou para ele sem emoção nem resposta, e então se afastou com passos rápidos.
Recebeu uma ligação do hospital, pedindo para que ela fosse até lá.
Disseram que Francisca Barbosa mostrou sinais de despertar.
Ela pegou um táxi e foi até o hospital local.
No caminho, recebeu uma ligação de Leandro Ferreira: "Gabriela Clara, o médico te avisou? Sua mãe teve uma grande melhora."
"Estou a caminho do hospital agora," a voz de Gabriela Clara Morais estava cheia de excitação e emoção.
"Eu também vou para lá agora, a gente se fala pessoalmente."
"Está bem."
Nos olhos de Gabriela Clara Morais brilhava uma luz de determinação, era a esperança, o desejo e a confiança no futuro.
Agora seu irmão já havia sido resgatado.
Se sua mãe melhorasse, ela definitivamente se divorciaria de Sandro Goulart.
Sua respiração estava irregular.
O coração batia mais rápido.
Seus passos em direção ao hospital foram apressados.
"Leandro."
"Essa é realmente uma ótima notícia."
Leandro Ferreira chegou um pouco antes dela e estava esperando lá, com um sorriso emocionado no rosto.
Ele esteve envolvido em todo o projeto.
Não esperava que houvesse resultados tão cedo.
"Sim, fiquei tão feliz quando recebi a ligação, mas..." Gabriela Clara Morais também estava preocupada: "...minha mãe ficou deitada por tanto tempo, será que o cérebro dela..."
"O cérebro dela deve estar bem, não se preocupe demais."
"Certo."
Os dois caminharam juntos para o escritório do médico.
Outro médico responsável pelo projeto apresentou a Gabriela Clara Morais, através de um PowerPoint, a reação de Francisca Barbosa durante esse tempo.
Depois da apresentação.
Leandro Ferreira sugeriu a Gabriela Clara Morais: "Que tal irmos ver sua mãe agora?"
A ideia de Leandro Ferreira era simples.
Se Gabriela Clara Morais engravidasse, os anticorpos em seu sangue seriam seu maior escudo.
Afinal, a família Goulart faria qualquer coisa para manter o avô Goulart vivo.
Mesmo que a família Goulart finalmente a poupasse, o corpo ainda seria seu, a vida é longa, e há muito pela frente.
Mas Gabriela Clara Morais ainda sacudiu a cabeça: "Não é necessário."
"Você ainda é jovem, há muitas possibilidades."
"Irmão, eu não quero engravidar, muito menos ter um filho de Sandro Goulart." Quanto mais ela havia esperado por uma gravidez antes, mais ela a rejeitava agora: "...não se preocupe com isso por mim."
Sua forte repulsa deixou Leandro Ferreira um pouco constrangido.
Ele não continuou falando sobre isso, mas mudou de assunto: "Já não estou mais trabalhando como médico da família para os Goulart, após este projeto, voltarei a trabalhar no hospital da nossa família Ferreira."
Ela expressou sua surpresa: "É mesmo? E a doença do senhor Goulart..."
"A família Goulart certamente não falta bons médicos." Ele colocou as mãos nos bolsos, olhando para o horizonte com um misto de resignação e melancolia: "O Sandro já não é mais o Sandro que eu conhecia. Partir mais cedo é melhor para ele, para mim e para todos nós."
"De agora em diante, você não precisa se esquivar de nada comigo. Se precisar de ajuda, é só falar." Ele virou a cabeça, olhando para Gabriela Clara Morais com um brilho de expectativa nos olhos.
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