Não É Isso Você Querer? A Minha Morte. romance Capítulo 76

"Sempre dizem que entrar em uma família rica é como mergulhar em um oceano profundo. Parece ser verdade."

"Shh, melhor não falar mais sobre isso. Vamos embora," respondeu a outra enfermeira, apressando o passo.

Algumas enfermeiras saíram do quarto, uma atrás da outra.

Gabriela Clara Morais virou-se, lentamente abrindo seus olhos inchados.

Sim, ela teve mesmo muita sorte.

Ainda estava viva.

Sandro Goulart não havia tirado sua vida ainda; parecia aguardar a próxima oportunidade para extrair seu sangue novamente.

Se ela morresse, como poderia salvar o avô dele?

Ela entendeu.

Passou mais dez dias no hospital.

Durante esse tempo, Sandro Goulart não veio vê-la nem uma vez sequer.

Mas a secretária dele, na hora da alta, veio.

"Os papéis da alta já estão prontos," anunciou Yasmin, com a mesma entonação mecânica de sempre.

A Secretária Yasmin colocou um monte de papéis na frente de Gabriela Clara Morais, lançando-lhe um olhar indiferente.

"Gabriela Clara Morais permaneceu em silêncio, seu olhar fixo nos papéis, como se cada folha carregasse o peso de seu mundo.".

Então, ela repetiu, "Estou falando com você, é preciso guardar bem esses papéis."

"Secretária Yasmin, desde quando falar com alguém não requer um mínimo de respeito?"

"Gabriela Clara Morais ergueu o olhar, seus olhos vermelhos e injetados de raiva e cansaço, perfurando a indiferença de Yasmin."

A Secretária Yasmin hesitou por um momento.

"Ela era secretária de Sandro Goulart há anos e tinha aperfeiçoado a arte de desdenhar os outros."

Nunca tinha considerado Gabriela Clara Morais importante.

Ela tratava Núbia Lopes muito melhor do que a esposa oficial.

Mas a atitude de Gabriela Clara Morais naquele momento a fez sentir algo diferente.

Ela fez uma careta, "Sim, senhora."

Depois que a Secretária Yasmin preparou tudo para Gabriela Clara Morais, ela foi pagar as despesas hospitalares.

"Ao sair, Yasmin informou friamente: 'O Presidente Goulart ficará na casa dos Lopes por um tempo, acompanhando a Srta. Lopes. Quando ele voltar, evite ligar para lá para não incomodá-los.'"

Gabriela Clara Morais zombou interiormente.

Mesmo que pedisse, ela não ligaria.

Não precisava de um lembrete especial.

Sandro Goulart havia retornado.

"Gabriela Clara Morais, sentada no jardim, levantou os olhos ao ver a chegada do carro, sentindo uma mistura de emoções contraditórias."

Ele vestia uma camisa preta, perfeitamente ajustada dentro da calça de terno, com uma postura elegante e imponente, caminhando sob a luz do entardecer.

Como se fosse uma divindade.

"Mas os olhos dela, ao pousarem nele, não tinham mais brilho; a expectativa e a alegria de dois anos atrás tinham se transformado em frieza e desprezo."

Agora, havia apenas frieza e desprezo.

Foi apenas um olhar, depois ela voltou a sua atenção para o livro em suas mãos, [Como Matar Seu Marido].

"Você acabou de sair do hospital, não é bom ficar aqui fora no frio." Ele estendeu a mão, pegando o livro que ela segurava. Ao ver o título, uma leve ruga apareceu em sua testa, quase imperceptível, "Parece que você me odeia bastante."

"É só um livro."

Ela se levantou e caminhou para dentro.

Preferindo não falar mais com ele.

"'Você entrou em contato com Jobson Morais?' Ele jogou o livro de lado, sentando-se na cadeira de vime onde Gabriela Clara Morais estava antes, cruzando as mãos. 'Imagino que ainda não teve tempo, certo?'"

Gabriela Clara Morais sentiu um sobressalto inexplicável.

Seus olhos se estreitaram, "O que você fez com ele novamente?"

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