“Não fui eu, eu sei o quanto essa biombo é preciosa, como eu poderia fazer isso?” Núbia Lopes lançou seu olhar sobre o mordomo e os serviçais. "Vocês estão dizendo que fui eu quem quebrou? Dona Diana, você é a governanta da casa, o que você tem a dizer?"
A governanta não ousou levantar a cabeça, muito menos falar. Ela encolheu os ombros, recuando.
A voz de Núbia Lopes tornou-se ainda mais histérica e indignada. “Dona Diana, foi Gabriela Clara quem disse que não queria ver as coisas do casamento, e por isso, com raiva, quebrou? Eu até tentei aconselhá-la. Eu disse, isso é um testemunho do casamento de vocês, um símbolo do amor de vocês. Não podem simplesmente quebrar algo tão importante por causa de uma pequena discussão. Todos vocês viram, não foi?”
Todos os serviçais silenciaram, como se estivessem com medo.
Sandro Goulart olhou friamente para a governanta e perguntou, “Afinal, foi Núbia Lopes que quebrou, ou foi Gabriela Clara Morais? Você apenas disse ao telefone que o biombo foi quebrado, mas quem foi?”
“Foi, foi...” A governanta tremia.
“Quem foi?”
A voz de Sandro Goulart soou como uma sentença de morte.
Com os olhos tremendo, a governanta olhou para Núbia Lopes, lançando-lhe um olhar ameaçador.
A governanta fechou os olhos, virou-se e apontou para Gabriela Clara Morais. "Foi ela."
As pupilas de Gabriela Clara Morais se contraíram repentinamente. A governanta e os serviçais, todos com medo de represálias de Núbia Lopes, não ousaram dizer quem quebrou, ela podia entender. Mas, por que jogaram a culpa sobre ela?
“Você tem algo a dizer?” Sandro Goulart avançou até Gabriela Clara Morais, segurando seu pulso. “Só porque isso foi um presente de casamento da minha mãe, você queria quebrar? Você sabe o que isso representa?”
Gabriela Clara Morais balançou a cabeça. Ela não fazia ideia do que aquilo representava. Só sabia que não tinha feito aquilo.
“Ah...”
O sangue caiu sobre o delicado bordado, as flores de magnólia verdes e azuis foram tingidas com a cor do sangue. A dor se espalhou por todos os seus membros. O coração foi esfriando, pouco a pouco.
“Oh, Gabriela Clara, seu sangue...” Núbia Lopes, apoiando-se em uma bengala, aproximou-se mancando, lamentavelmente pegou o bordado danificado, “...esse bordado está arruinado.”
A expressão de Sandro Goulart escureceu. Ele lançou um olhar frio e impiedoso para Gabriela Clara Morais antes de subir as escadas.
Núbia Lopes jogou o bordado sujo de volta para Gabriela Clara Morais. “Gabriela Clara Morais, você ainda acha que pode competir comigo? Se eu quiser acabar com você, é questão de minutos.” Ela soltou uma risada arrogante. “Os empregados daqui, quem deles ousaria falar a verdade? Eu mando, e eles obedecem, até mesmo a Dona Diana tem que se dobrar às minhas vontades.”
Núbia Lopes se inclinou, continuando a provocação. “Aqui, basta eu ficar insatisfeita, e a primeira a sofrer as consequências será você. Não é divertido isso?”
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