"Então, no final do ano, deveriam entregar um prêmio de amor à família."
"O Sr. Coelho está com medo de esposa ou quê?"
Paloma sempre mantinha a cabeça baixa, sem levar a sério.
Ainda eram as mesmas pessoas que dias atrás a ridicularizavam, chamando-a de caipira, perguntando na frente dela a Fausto quem era a verdadeira cunhada. Agora, só falavam assim por verem Fausto grudado nela.
Ao ajudar o homem a sair, dentro do elevador ele se encostava nela como se não tivesse ossos.
Paloma estava visivelmente incomodada, "Quanto você bebeu, está bêbado, não está?"
Ele resmungou friamente, sem responder.
Paloma logo viu que ele estava realmente bêbado, o que a deixou curiosa.
Em três anos de casamento, ela nunca tinha visto Fausto bêbado.
Ele era como uma máquina precisamente calculada, raramente se permitindo perder a compostura.
Este ano, com o retorno de Helena, ele parecia ter caído na realidade, perdendo o controle e se embriagando repetidamente, ficando cada vez mais humano.
Quando as portas do elevador se abriram, ele saiu na frente e, após alguns passos, voltou-se para olhar para Paloma, "Estou andando em linha reta?"
"Ah?"
Nesse momento, alguém passava por perto, ele agarrou a pessoa e perguntou: "Estou andando em linha reta?"
A pessoa, assustada por ser agarrada por um homem de quase 1,90m de altura com uma expressão fria, instintivamente assentiu.
Paloma rapidamente soltou a mão dele, e a pessoa correu para dentro do elevador.
Ele ainda disse orgulhosamente para Paloma: "Em linha reta, não estou bêbado."
Sim, sim, você está certo.
"Vamos logo." Melhor não fazer mais escândalo aqui fora.
Ele concordou, mas puxou a roupa de Paloma.
Paloma confusa, "O que foi?"
"Isso, muito feio."
Paloma revirou os olhos, era a única peça de roupa chamativa que ela tinha, e ele ainda reclamava.
Vendo que ela não respondia, Fausto franzia a testa, "Não concorda?"
Atrás dela, o som dos passos continuava, mantendo uma distância nem tão longe nem tão perto.
Ao chegar na porta, o manobrista imediatamente trouxe o carro, e naquele um ou dois minutos de espera, ele ficou no degrau, acendendo um cigarro.
A luz e a sombra dividiam seu rosto em duas metades, uma iluminada e a outra sombria, com a fumaça azulada se espalhando lentamente de suas narinas, além de atraente, tinha um charme todo especial.
As pessoas que entravam e saíam não podiam deixar de olhar mais de uma vez, sem distinção de gênero.
Realmente um encanto.
Quando Paloma abriu a porta do motorista, ele a seguiu, apoiando-a pela cintura por trás.
Ela se arrepiou e imediatamente rosnou para ele, "O que você está fazendo?"
"Vamos para o hospital."
"O que você tem?"
Fausto bateu na cabeça dela, "Cabeça de porco."
Paloma ficou um pouco irritada, "Já sou cabeça de porco, você me bate e eu fico mais burra ainda, fala logo, para qual hospital estamos indo e por quê?"
Ele a olhou sombriamente, "Hospital de Conforto, endocrinologia, para ver seu sistema digestivo."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Não Culpe Minha Partida, Sem Sentir Seu Amor
Nossa que chato, pq não excluem esse sem final!!...
Não terá mais atualização??...