Não Culpe Minha Partida, Sem Sentir Seu Amor romance Capítulo 85

Ao ver uma sequência de faturas, Fausto ficou com a face sombria.

Paloma explicou, "Tudo isso foi preparado para a estadia do avô, esta aqui é a despesa do seu aniversário alguns dias atrás."

Fausto franziu a testa, irritado por até mesmo essas pequenas quantias serem cobradas dele.

Paloma continuou a pressioná-lo, "Vamos, pague logo. Eu fiz tudo fiado, e se demorar muito para pagar, fica feio quando vierem cobrar."

"Você não tem dinheiro?"

"Não." Ela respondeu secamente.

Não era que Fausto se recusasse a dar-lhe o dinheiro, mas sim que não gostava do modo como ela o pedia.

Parecia um funcionário pedindo reembolso ao chefe.

Fausto arredondou a quantia e transferiu para ela, observando seu sorriso radiante ao receber o dinheiro, o que o irritou.

"Eu te aviso, sua madrasta e a família dela são todos adultos, têm mãos e pés e podem muito bem se sustentar. Continuar sustentando-os vai criar ressentimento."

Paloma agora tinha certeza de que ele era completamente cego.

Célia Campos foi humilhada no trabalho duas vezes na presença dele, não via quanto ela sofria?

Ele também pensaria como esses homens superficiais que acreditam que mulheres trabalhando ali é só para 'pescar' homens ricos?

Até mesmo Teresa, que após trocar um rim anos atrás não podia fazer trabalhos pesados, fazia artesanato em casa. Elas nunca sugavam seu sangue, pelo contrário, evitavam a todo custo causar-lhe problemas.

Um Senhor como ele nunca entenderia o sentimento de dependência mútua que elas compartilhavam.

Paloma não queria mais falar, pegou o dinheiro e virou-se para sair.

Fausto ficou sozinho, frustrado na cadeira.

Essa mulher estava apenas o enrolando!

Até para comprar uns balões baratos para seu aniversário ela pedia dinheiro, como se fosse o próprio Fausto se presenteando.

Não havia diferença, era o que ele havia pedido, afinal.

Lembrando-se dela dizer na noite anterior que arruinaria a família Lemos e então se divorciaria, ele não pôde deixar de franzir a testa profundamente.

Toc toc, ouviu-se uma batida na porta.

"Não posso vir aqui se não precisar de algo?"

Ouvindo o tom levemente irritado em sua voz, Paloma sabia que ele estava frustrado.

Ela se levantou, "Lembrei que tenho algo para fazer, vou me preparar."

Fausto a segurou firmemente, "Pensando em fugir?"

Paloma afastou a mão dele de sua perna.

Fausto jogou a folha de pagamento dos empregados na frente dela, "O que é isso?"

Paloma olhou rapidamente e disse: "Salário, da próxima vez seja mais rápido, não espere ser cobrado."

"Paloma, você é a dona desta casa, e me pede para cuidar disso?"

"E então?"

Ele não pôde evitar rir da sua audácia, "Agora que temos mais pessoas em casa, deixarei Bruno responsável pelo salário do psicólogo, o resto fica por sua conta."

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