Depois de enviar a mensagem no WhatsApp, ela ficou encarando o celular, mas a resposta não veio.
Nesse momento, a porta foi tocada, "Mana, sou eu, você está aí?"
Paloma ouviu a voz de Célia e finalmente colocou o celular de lado, abrindo a porta.
Célia notou rapidamente seus olhos vermelhos, "Mana, você chorou, foi aquele cara que te magoou de novo?"
Paloma balançou a cabeça, "Aconteceram algumas coisas, mas não é nada. O que você quer?"
"Não sou eu, é o Prof. Aleixo, ele me pediu para te entregar isso." Ela entregou um envelope pardo.
Ao ver a capa escrita com delicadeza "Desculpa", o coração de Paloma ficou apertado.
Parece que, neste mundo, não há muitas pessoas honestas, todos estão trapaceando e usando uns aos outros.
"Mana, pode olhar, eu vou para casa. Se precisar de algo, me chama."
Célia ouviu o Prof. Aleixo dizer para não a pressionar, dar tempo a ela.
Depois que Célia saiu, Paloma ficou olhando para o envelope por um bom tempo, até que finalmente reuniu coragem para abri-lo.
Primeiro, uma carta escrita à mão.
Poucas pessoas escrevem cartas hoje em dia, então Nuno provavelmente queria mostrar sua sinceridade.
A caligrafia era delicada, mas talvez por pressa, estava um pouco descuidada.
"Paloma, talvez eu devesse chamá-la de Mestre Coentro, me desculpe.
Você deve estar se perguntando como eu conheço sua outra identidade, desde o primeiro item que você restaurou para o Pavilhão de Tesouros eu reconheci sua técnica. Se eu tivesse algum objetivo com você, seria apenas de me tornar seu amigo..."
Paloma ficou chocada, ela usava o nome de Coentro para trabalhos manuais há anos, por causa do testamento de seu mestre, ela "se isolou" por quatro anos, sem poder usar esse nome para restaurar nenhum item.
Mas na família Coelho, para sobreviver ela não podia contar apenas com aqueles cinquenta mil, então ela secretamente pegava alguns trabalhos pequenos, que não valiam muito e não chamariam atenção, além de não usar seu próprio nome, mas não percebia que ainda estava sendo mostrada.
Nuno falou muito mais, e Paloma entendeu que não havia como abordá-la para ficar com o Pavilhão de Tesouros.
Ela e Fausto eram casados em segredo, e qualquer um que descobrisse sobre o casamento deles saberia de sua posição na família Coelho, se aproximar dela seria menos útil do que se aproximar do motorista de Fausto.
Paloma não entrou em contato com Nuno, ela ainda precisava digerir se o que descobriu era verdade.
...
Fausto passou uma noite inteira no cemitério.
Ele não foi lá para prestar homenagens a ninguém, apenas encontrou um lugar para sentar, fazendo companhia às almas que partiram.
Essa era a sua maneira única de esvaziar a mente quando estava mal nos últimos três anos.
Somente aqui, ele não precisava fingir, não precisava se esconder, podia ser ele mesmo.
O vento da montanha era amargamente frio, ele olhava para as palavras na tela do celular, sentindo seu peito como se estivesse cheio de algodão apertado.
Paloma havia mencionado o divórcio novamente, dizendo que após o casamento descobriu que não gostava dele.
Isso o machucava profundamente.
Naquele momento, ele finalmente percebeu que o desejo de Paloma de se divorciar era real!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Não Culpe Minha Partida, Sem Sentir Seu Amor
Nossa que chato, pq não excluem esse sem final!!...
Não terá mais atualização??...