Não Culpe Minha Partida, Sem Sentir Seu Amor romance Capítulo 50

"Fausto, o que você está fazendo? Não se meta."

"Não é se meter, ouvi a Paloma me chamando."

"Paloma já foi embora, aquilo..."

Helena não terminou a frase quando a porta foi chutada pelo homem.

Pum!

A porta pesada foi aberta com um chute, a luz do exterior invadiu o local e ele imediatamente viu a mulher oprimida.

Helena, por instinto, também tentou olhar para dentro, mas foi impedida pela porta que ele havia fechado com força.

O bêbado, acostumado a lidar com mulheres, não esperava que essa moça magra fosse tão difícil de lidar. Depois de muito esforço, havia apenas conseguido abaixar suas calças e agora estava extremamente irritado por ser interrompido.

"Saia da…"

Antes que pudesse terminar de falar, Fausto lhe acertou um soco no rosto, fazendo com que o homem caísse e cuspir dois dentes ensanguentados.

Fausto aproveitou a oportunidade para ajudar Paloma a se levantar. Seus cabelos estavam grudados no rosto, seu corpo tremia incontrolavelmente, e seus dentes estavam tão apertados que faziam barulho.

As mãos do homem estavam brancas pela força do aperto, as veias do dorso da mão saltadas. Ele tirou sua camisa e a colocou sobre a mulher, antes de carregá-la e colocá-la sobre uma mesa alta ao lado.

Os pulsos e tornozelos de Paloma estavam vermelhos e inchados, sua pele delicada coberta de marcas de aperto, azuis e roxas.

O peito de Fausto queimava, e seus olhos estavam vermelhos.

Ele a abraçou levemente e disse, "Desculpe, cheguei tarde."

Suas mãos grandes eram quentes, um poder de redenção, como se a tivesse puxado de volta do precipício. Paloma tentou falar, mas só conseguiu soluçar, e as lágrimas caíam ainda mais.

"Fique aqui, vou cuidar dele."

Paloma segurou firme a camisa, observando sob a luz fraca os músculos tensos do homem, querendo alertá-lo para ter cuidado, mas só conseguiu abrir a boca.

O homem que havia sido chutado agora se levantava, praguejando, "Seu bonitinho, você deve ser o amante dessa vadia, né? Hoje vou te dar uma lição e depois te fazer assistir enquanto me divirto com ela."

Os olhos de Fausto brilharam com uma frieza cortante. Ele tirou o relógio caro do pulso, encaixou entre os dedos e começou a socar o rosto do homem.

Fausto sorriu para ela, estendendo a mão para trás para puxar a faca.

O sangue jorrou.

"Fausto!"

Paloma gritou novamente, não sabendo de onde vinha a força, saltou da mesa, pegou um cabideiro ao lado e bateu com força no homem.

O homem, já no limite de suas forças, caiu e não se mexeu mais.

Paloma não se importou se ele estava morto ou não, foi até Fausto, estendendo a mão para ajudá-lo a pressionar o ferimento para estancar o sangue.

Fausto se apoiou nela, fraco, "Você ainda sabe fazer isso."

"Não fale, conserve suas forças."

Ele não pôde evitar de rir, "Me subestimando? Agora, ainda posso fazer amor com você."

Essas palavras absurdas não pareciam vir do Senhor da família Coelho que ela conhecia, mas sim do irmão Fausto, que lhe deu coentro aos 18 anos.

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