MINHA romance Capítulo 4

P.O.V Kelly.

Tomava café da manhã em silêncio, era sempre assim eu tomava café sozinha, almoçava sozinha e jantava sozinha. Gregory só me dava o prazer da sua presença quando ele queria.

Não estou reclamando afinal quando estou com ele não sei agir e muito menos me controlo, minha língua parece que tem vida própria aliás meu corpo todo.

Eu sei que ele é um homem atraente mais não precisava ser tão sexy e contrariando todas as minhas vontades, toda vez que estamos perto um dos outro minha deusa interior fala mais alto... Clichê eu sei, mas o que posso fazer?

- Ah meu deus. - Ouço uma voz atrás de mim e me viro.

Me viro e vejo uma senhora que de vai ter seus 48 anos, branca dos olhos verdes, loira com o corte channel. Muito bonita.

- Como você é linda querida. - Ela diz sorrindo vindo até mim.

- Quem é você? - Pergunto seria.

Ela podia esta sendo amigável comigo mas nesse meio é bom não confiar em ninguém.

- Me desculpe pela minha euforia, sou Nadia Petrov. - Ela sorrir.

- Petrov? - Pergunto confusa.

Já ouvi esse nome em algum lugar.

- Eu sou mãe do Gregory. - Ela responde e eu reconheço o sobrenome.

- Ah muito prazer... Eu sou...

- Kelly, a noiva do meu filho. - Ela sorrir.

- Isso. - Concordo.

- Ah, não sabe como eu estou feliz em te conhecer... A muito tempo esperava por isso. - Digo sorrindo.

- Desculpe senhora, esperava pelo o que? - Pergunto confusa.

- Netos. - Ela diz e eu arregalo os olhos.

- Mãe... - Ouço a voz grossa e olho para atrás dela vendo Gregory.

- Meu amor, como ela é linda. - Nadia sai do meu lado e abraça o filho.

- Sim mãe ela é, mas não a assuste. - Ele diz sorrindo.

Ela olha pra mim como se estivesse caído em si.

- Ah como eu sou tola, me desculpe não queria assusta-la. - Ela sorrir e eu acabo sorrindo também.

Seu tom de voz é tão doce e meigo que não pude deixar de perdoá-la.

- Esta tudo bem. - Sorrio.

- Que bom que esta aqui mãe, a Kelly esta encarregada de preparar o casamento a senhora podia ajuda-la não? - Ele pergunta gentil.

Aliás é a primeira vez que vejo ele usa esse tom de voz com alguém e suas feições não são desconfiadas ou bravas, seu rosto esta suave e em seus lábios tinham um sorriso suave.

Parece que Gregory realmente ama a mãe, que parece ser uma boa pessoa.

- Mas é claro que sim, eu ia amar... Quer dizer se você quiser. - Ela me olha esperançosa.

- Vou ficar muito agradecida. - Sorrio me dando por vencida.

...

Termino o lance de escadas adentrando o andar que ficam os quartos principais, demorei quase duas semanas para me perde nessa casa mas acho que estou pegando o jeito.

Vou até o último quarto do corredor que era de Gregory e faço menção de bate na porta mas desisto ouvindo a voz dele la de dentro.

- Eu já falei pra parar de me ligar Porra.

Educado como sempre.

- Não me interessa, foi só uma foda eu nem lembro seu nome.

Uau...

- Não me importo se foi a uma semana, se liga pra mim de novo vou ai e te mato ouviu?

Ouço um barulho e presumo ser o impacto do celular contra o coxão, coloco um sorriso de lado e adentro o cômodo. O quarto de Gregory era como seu escritório, as paredes tinham um tom de cinza escuro, sua cama tem um suporte de madeira e os móveis são pretos como a roupa de cama.

- Problemas com as amantes? - Pergunto cruzando os braços.

Ele estava de costas para mim arrumando a gravata.

- Sabia que é feio ouvir conversas atrás das portas?

- Sabia que é feio ter um caso extraconjugal?

- Esta com ciúmes querida? - Ele se vira para mim sorrindo.

- Não se sinta tão importante. - Reviro os olhos.

Ele rir colocando o terno.

- Pensei que essas máfias tinham regras sobre traição.

- E temos, para as mulheres é claro.

- Por que será que eu não estou surpresa. - Digo com ironia.

- Não se preocupe querida, para a sua sorte seu homem é justo. - Ele para na minha frente.

- Me sinto muito mais tranquila agora. - Reviro os olhos.

- Do mesmo jeito que eu tenho diversões você também pode ter as suas. - Ele sorrir.

- Relacionamento aberto, que moderno você. - Debocho.

- Só vamos deixar algumas coisas claras, sem namoro ou romance... Se alguém descobrir você morre e eu tenho minha honra lavada com sangue. - Ele diz fazendo drama.

Ta na cara que muitas regras ele despreza e acha desnecessárias.

- Acordo fechado. - Sorrio estendendo a mão e ele aceita de bom grado.

- Vai para a casa do Dimitri hoje certo?

- Sim. - Respondo.

- Tome cuidado. - Ele diz e eu balanço a cabeça negativamente sabendo que ele estava falando de Hanna.

...

- Ih... Acho que já quebrei essa regra. - Faço cara de sapeca.

- Regras são feitas para serem quebradas, tem mais coisas inúteis como vestuário e regras de etiquetas particular. - Ela da de ombros.

- Será que se eu comprar o shopping inteiro meu futuro maridinho fica pobre? - Penso com sorriso brincalhão.

- Pode tenta, podemos ir ao shopping hoje. Saímos em meia hora.

É, parece que da ordens não é só costume dos homens mas eu quebro essa casca.

- Que tal se ao invés de você me manda, você me convida para ir ao shopping. - Sugiro sorrindo.

- Ok, vamos da algum prejuízo a eles? - Ela sorrir.

- Agora sim loirinha. - Riu.

Continuamos a aula até nos levantamos para ir ao shopping.

- E se por acaso estiver pensando em trair seu noivo faça bem escondido. - Ela diz e eu riu.

- Acho que não vou precisar esconder isso do Gregory. - Pego minha bolsa.

- Qual o acordo? - Ela diz seguindo para fora.

- Ele sai com outras mulheres e eu posso sair também, desde que ninguém descubra é claro.

- Justo. Já achou alguém interessante?

- Não quero outro homem na minha vida, não mais... - Deixo a frase morrer.

- Não vai me dizer que esta apaixonada? - Ela pergunta alarmada.

- Não pelo Gregory... Mas assim como quase todas as mulheres do mundo eu tenho um homem que quebrou meu coração. - Sorrio triste.

- E onde ele esta agora?

- É loirinha, acho que ta na hora de você conhecer a minha história. - Paro no meio da sala.

- Sou toda ouvidos.

- A minha mãe é uma viciada, ela devia muito dinheiro para um traficante da máfia Salazar. Para pagar a dívida ela se ofereceu para ser garota de programa e assim foi por muito tempo só que ao invés dela pagar ela só foi fazendo a dívida aumentar... Quando ela fez quarenta, o cafetão não quis mais ela e então ela ofereceu minha irmã para o lugar dela. - Tento controla a minhas emoções.

- E depois? - Ela pergunta surpresa.

- Ela continuou usando drogas e ai foi a minha vez de ser dada em pagamento, eu trabalhava num café perto de casa e namorava um rapaz que ia la toma café todos os dias, ele sabia de toda a minha história mas quando soube que eu teria que ir para a boate, ele se revoltou disse que eu sempre quis aquilo e que ele ia encontra alguém digno dele... Gregory me viu na primeira noite antes de eu fica com qualquer homem e aqui estou eu. - Finalizo suspirando.

- Você deu sorte... E o seu namorado merecia um tiro na testa, se quiser me dizer onde eu posso encontrá-lo faço isso por você.

- Esta tudo bem querida, o passado é passado. - Digo saindo de casa entrando no carro.

- E algumas partes dele, requer vingança. - Ela fala seria.

- A vingança não vai me da o que eu quero.

- E o que você quer?

- Não se trata mais do que eu quero loirinha mas do que eu preciso fazer... Agora vamos deixar o meu futuro marido, um pouco mais pobre. - Digo voltando ao meu sorriso habitual.

Eu preciso ser forte pela Cristina, só a Cristina importa.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: MINHA