Minha Morte！Sua Loucura！ romance Capítulo 661

"Hum, caiu um verdadeiro temporal." Adonis estendeu a mão para mim. "As flores lá fora estão no ponto, hoje o ar está especialmente fresco."

Peguei a mão de Adonis, levantei-me da cama e saímos para o terraço do quarto.

A mansão ficava no alto de um morro, com o ar puro e uma vista que dominava toda a região.

"Quando foi mesmo que nos mudamos para cá..." Meu pensamento estava um tanto nebuloso, lembrava de termos nos mudado há pouco tempo, mas parecia que tinha esquecido de algumas coisas.

"Faz apenas alguns dias, ainda não se acostumou?"

Balancei a cabeça.

Eu realmente gostava daqui.

Não sabia bem por quê, mas gostava.

"Mãe, pai, a Estrela fugiu."

Do lado de fora, as crianças chamavam por mim e por Adonis.

Acelerei o passo e vi Marcelo, ansioso, dizendo que Estrela havia fugido.

"Não se preocupe, Estrela é inteligente e vai voltar por conta própria."

Marcelo estava no corredor, olhando para mim com os olhos vermelhos. "E se... Estrela não voltar?"

Senti uma dor inexplicável no peito, mas sorri para tranquilizá-lo. "Ela vai voltar."

Logo, ouvimos o latido de Estrela.

Sorri e baguncei o cabelo de Marcelo. "Viu só, ela voltou."

Por alguma razão, Marcelo ainda tinha lágrimas nos olhos e, sem olhar para Adonis, correu para longe. "Esse menino..."

"Afinal, ele foi adotado de um orfanato, tem um temperamento um pouco recluso; Marcelo é mais extrovertido, já Aline quase não fala." Adonis deu uma explicação.

Assenti.

Lembrava-me, em algum lugar da minha memória, que Marcelo e Aline eram adotados.

Mas... havia como que uma névoa em minha mente.

"E a Sara?" Perguntei inconscientemente.

Mas por que... eu sentia um vazio?

Parecia estar vivendo em um sonho tecido por outra pessoa.

E o tecelão de sonhos não me incluiu nele.

"Espera..."

Ao descer as escadas, vi meu próprio rosto no reflexo do vidro.

Por alguma razão, meu peito se apertou e, em pânico, corri para o banheiro.

No espelho do banheiro, fiquei chocada ao ver meu próprio rosto.

Era eu, sem dúvida... o rosto de Luna.

Idêntico, sem nenhuma imperfeição.

"Luna..." Adonis me abraçou por trás, preocupado. "Você está assustada de novo? Há um ano, você foi sequestrada por um assassino, trancada em um armário de vidro, e quando te encontramos, você estava por um fio. Desde então, ficou em coma, acordou há poucos dias, tem dormido profundamente, e às vezes, ao acordar, esquece o que aconteceu no dia anterior, confundindo sonho com realidade."