Minha Morte!Sua Loucura! romance Capítulo 397

"Você está bem?"

"Ah!" - Um grito lancinante veio de Nuno.

Quando minha consciência estava turva, Nuno veio checar como eu estava e acabou prensado contra a parede por mim. A queda deve ter sido dura.

Nuno me olhou confuso e demorou a falar: "Caramba... Fábio realmente não estava errado, você é mesmo a Luna..."

Franzi a testa, sentindo uma dor de cabeça tão intensa que parecia rasgar minha alma e corpo em pedaços.

"Essa sensação de viver de novo, é desconfortável, né..." - eu perguntei com a voz rouca.

Após a pergunta, acabei ficando confusa.

A quem eu estava perguntando?

A mim mesma ou a outra pessoa?

Nuno, ainda pressionado contra a parede, ficou tenso por um momento e começou a gritar: "Ai, ai, ai, ai, me solta..."

Ao lado, Mafalda nos observava chocada, enquanto Jorge e Benito reagiam e rapidamente me afastavam.

"Aquele movimento que você fez agora... foi meio profissional" - disse Benito, atordoado.

Aquela não era a técnica de imobilização que eles haviam treinado?

Com um movimento rápido, a pessoa era pressionada contra a parede e, mesmo com uma grande diferença de força, a técnica permitia maximizar o dano.

Mafalda respirou fundo, tentando aliviar a atmosfera tensa: "Talvez a Luna não tenha percebido, ela estava lutando para acordar do desmaio, talvez... ela tenha tido um pesadelo."

Soltei Nuno abruptamente e dei um passo para trás, sem dizer nada.

Nuno sacudiu o braço dolorido e me olhou desconfiado.

Abaixei a cabeça e olhei ao redor, sentindo-me estranhamente... fora de lugar.

"Luna?" - Mafalda, percebendo que algo estava errado, chamou meu nome suavemente.

Quase instintivamente, levantei a mão e apertei seu pescoço, rejeitando a aproximação de todos.

Mafalda ficou rígida por um momento, olhando para mim em pânico.

Benito rapidamente a protegeu atrás de si, observando-me com cautela: "Você bateu a cabeça?"

Parei por um momento, olhando para minhas próprias mãos, com uma sensação de pânico e impotência: "Não fui eu... não fui eu..."

Eu não sabia o que havia feito.

Mafalda afastou Benito e segurou minha mão ansiosamente: "Luna... não tenha medo, eu sei que você não fez por mal, acalme-se, vamos sair daqui e ir para casa."

Nuno olhou para Jorge com desdém: "Não me toque."

Jorge ficou atônito por um momento e, com desgosto, limpou as mãos e revirou os olhos: "Pensa que eu quero ficar perto de você."

"Mantenha distância, se eu bater em você..." - Nuno apontou o machado para Jorge, ordenando que ele se afastasse.

Jorge deu dois passos para trás, a contragosto, e ficou de olho no que estava atrás da parede.

A parede tinha sido rasgada com um grande buraco e, sob a luz fraca e sombria, o chão estava coberto de sangue e corpos.

Não eram corpos humanos... eram corpos de animais.

"Eram cães ferozes..." - Benito puxou Nuno para o lado e, como policial, foi o primeiro a entrar.

Afinal de contas, Nuno ainda era jovem.

Fiquei parada no lugar, com os pés dormentes, como se eles não obedecessem aos meus comandos.

"Luna?" - Mafalda chamou.

Recuperando-me, caminhei em direção a eles.

Ao me esgueirar pela abertura, pude ver que o chão estava coberto com os corpos de cães ferozes.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Minha Morte!Sua Loucura!