Minha Morte!Sua Loucura! romance Capítulo 183

"Nossos caras já foram, levaram o Robson para um depoimento."

Desliguei o celular e encarei o Fábio, ponderando se de fato ele teria ordenado aquilo, a pessoa implicada falaria seu nome tão abertamente?

Além do mais, metade das responsabilidades do Robson estavam sob os cuidados do André, que jamais deixaria escapar o nome do Fábio. Insinuar que foi o Fábio quem ordenou o atropelamento da mãe do Adonis soava forçado demais.

O Benito, sem dúvida, também tinha notado que a acusação parecia forjada, por isso me ligou antes.

Com a liberação do Adonis prevista para daqui a no máximo quinze dias, não faria sentido algum para a Elza se expor a um risco tão elevado.

Será que alguém estava tentando inflamar ainda mais a rivalidade entre a Família Macedo e a Família Tavares?

"A mãe do Adonis sofreu um acidente de carro, eu preciso ir ao hospital. Fica em casa me aguardando" - falei, preocupada, ciente de que naquele momento o Robson precisava se manter próximo à Família Macedo. Lá fora, não havia somente os que eram ludibriados pela imprensa, mas também os que orquestravam cada movimento nas sombras.

Se as Famílias Tavares e Macedo entrassem em conflito por causa do Robson, a situação dele com a Família Macedo só degradaria.

De qualquer maneira, quem sairia ganhando seria o Evandro, que poderia se voltar contra o Robson sem medo de retaliações.

"Luna..." Robson tentou me acompanhar.

"Comporte-se, não saia de casa" - eu reforcei, falando mais uma vez: "Robson, é preciso que me aguarde aqui."

O olhar de Robson estava nublado, ele parecia preocupado: "Dessa vez... você não está me ludibriando, não é?"

Você vai voltar, né?

Eu vacilei por um instante e balancei a cabeça negativamente: "Voltarei o quanto antes."

"Certo." - Robson concordou, submisso: "Então, vou esperar, até você retornar."

Senti uma inquietação no peito e me virei para solicitar ao mordomo que aprontasse o carro, era o momento de partir para o hospital.

Adonis ainda estava detido, e ao tomar conhecimento do grave acidente de sua mãe ao ser solto, com certeza se desestabilizaria.

Ao descer as escadas, cruzei com o André subindo, com um semblante carregado de tensão.

Lancei um último olhar para trás. A luz do andar superior era tênue e Robson aparecia em contraste, difícil de interpretar, porém com uma presença sombria e intimidadora.

Meu cadarço se soltou e me agachei para atá-lo ao pé da escada.

Um pressentimento me dizia que alguém não apenas desejava a minha morte e a do meu filho, mas também havia quem me protegesse nas sombras.

Afinal, conhecendo a índole do Evandro e do Xisto Macedo, eles já teriam me atacado.

...

Hospital Labirinto.

Elza já tinha sido acomodada em um quarto do hospital e permanecia inconsciente, mas fora de perigo.

Um alívio me tomou e perguntei ao médico, ansioso: "Doutor, quando ela poderá despertar?"

"Pode ser que acorde amanhã, não se preocupe. Uma concussão cerebral é séria" - explicou o médico, deixando algumas orientações antes de se retirar.

Benito e os demais aguardavam do lado de fora, com rostos marcados pela preocupação: "Claramente é uma cilada, mas eles insistem que foi o Fábio, e mesmo sem provas, o Adonis provavelmente vai engolir essa história."

Se o Adonis fosse solto, seu ressentimento contra o Fábio só aumentaria.

"Se ele tivesse um mínimo de sensatez, perceberia que isso é jogada de alguém tentando incriminá-lo deliberadamente." - Eu desabafei, frustrada.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Minha Morte!Sua Loucura!