Minha Morte!Sua Loucura! romance Capítulo 175

Eu estava sentada naquele quarto, observando Robson pelo monitor.

Sabia que, quando provocado, ele perdia o controle, se machucava. Era assim que se punia, se ferindo.

No quarto, Robson se recusava a responder às perguntas do médico, batendo a cabeça na parede com força, tentando, de algum jeito, se acalmar.

"Você matou a Luna, né? Trancou ela naquele armário de vidro, lembra? Você no hospício, sempre curtindo colecionar corpos dos bichinhos que amava. Tinha medo que o gatinho te deixasse, então o matou, empalhou e guardou num lugar que considerava seguro, e tinha também aquele pássaro..." - O médico insistia sem parar em Robson.

Ele queria obrigar Robson a confessar a verdade.

"Você gostava da Luna, mas ela não era de ninguém, se encantou pelo Adonis. Então você teve que matá-la, só assim ela seria só sua, por isso a colocou naquele armário de exibição, certo?" - O médico perguntava em voz alta.

Robson, tremendo, paralisou por um momento e ergueu a cabeça para olhar o médico, a testa sangrando por ter batido contra a parede.

...

Eu percebia que Robson estava quase cedendo. O que aparecia na parede era seu passado.

Era o inferno pelo qual ele já tinha passado.

E o médico não parava de pressioná-lo.

"Adonis, me solta." - Olhei para Adonis com raiva, com os olhos marejados de lágrimas.

"Ele é maluco! O que ele tem de bom?" Adonis parecia fora de si, apontando para a tela para me fazer olhar: "Tudo que ele gosta, ele acaba matando. Se você não se afastar dele... vai acabar igual."

Olhei furiosa para Max, que ainda provocava Robson naquele estado, forçando-o a se confessar um assassino.

Todos malucos.

"Adonis, foi você quem matou a Luna..." - Minha voz saiu baixa, tentando tirar o foco de Adonis.

Ele, dolorido, desviou o olhar, fixando na tela.

Ele queria ouvir do Robson que tinha sido ele a matar a Luna...

Aproveitando que Adonis estava distraído, mordi a gravata que amarrava minhas mãos, peguei um cassetete que estava por perto e dei na cabeça de Adonis.

Num movimento rápido, Robson bateu a cabeça de Max contra a parede, deixando-o desacordado.

Robson, limpando o sangue que escorria para o canto do olho, levantou-se e destruiu o projetor na parede, olhando friamente para a câmera de segurança.

Quando entrei no quarto, Robson ainda mantinha um olhar frio.

No momento em que me viu, o frio em seus olhos derreteu, substituído por uma expressão de tristeza.

Ele estava ali, tremendo de tristeza.

"Luna..."

Chamou meu nome, baixando a cabeça enquanto as lágrimas caíam uma após a outra, umedecendo seu moletom cinza.

Fiquei parada, olhando para ele, vendo a bagunça no chão, vendo Max desacordado.

"Luna... eu não matei ninguém." - Ele levantou a cabeça, e a primeira coisa que me disse foi que não tinha matado ninguém.

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