"Essas histórias... você já contou isso para a polícia?" - Perguntei, nervosa.
Geraldo mudou a expressão e assentiu. "Quando a polícia veio falar comigo, eu contei. Eles estavam de olho no Júlio, mas o Júlio morreu há muito tempo, num incêndio."
Então essa pista também se perdeu.
Respirei fundo e olhei para Geraldo. "E o Robson..."
"Robson foi abandonado bem cedo, ainda mais novo que a Cristina, deixado num orfanato. Ele sempre foi recluso e distante, sem fazer amizades. Contudo, era do tipo que revidava quando provocado. Cristina tentou intimidá-lo também, mas não se atreveu."
Geraldo fez uma pausa, lembrando. "Eu me lembro de uma vez que Cristina provocou o Robson, porque ele, que sempre se manteve afastado, de repente defendeu o Júlio. Depois disso, Júlio não se separava mais de Robson, que passou a protegê-lo. Cristina, incapaz de alcançar Júlio para atormentá-lo, decidiu se vingar colocando insetos no prato de macarrão de Robson."
Apertei os dedos com força.
Essa Cristina era realmente cruel.
"Sabe o que aconteceu?" - Geraldo começou, com um ar de mistério. "Robson não disse uma palavra, mas na frente de todos, segurou a cabeça de Cristina e a forçou a comer todo o macarrão com insetos. Depois disso, toda vez que Cristina via Robson, ela desviava com medo."
Assenti, entendendo.
Júlio dependia muito de Robson, via nele um verdadeiro salvador.
E Robson sempre protegeu Júlio.
Ambos eram talentosos no orfanato e foram selecionados para uma classe especial.
"O segundo a morrer foi Adão Kiefer, um capanga de Cristina, o mais desagradável de todos. Ele ajudou Cristina em muitas maldades, inclusive na captura dos insetos. Quando ele morreu, suas mãos foram cortadas e sua língua foi arrancada."
A polícia disse que o segundo a morrer teve as mãos cortadas e a língua arrancada enquanto ainda estava vivo, morrendo de dor.
Apertei as mãos e peguei um copo d'água para beber.
Era impossível não sentir nojo e medo, era uma reação natural.
Enquanto Geraldo falava das vítimas, percebi um padrão: todas eram pessoas más.
"O assassino continua matando pessoas do orfanato, mas não tocou em Robson..." - murmurei.
Seu olhar disperso enquanto falava mostrava insegurança.
Além disso, ele mencionava o orfanato com um entusiasmo suspeito, como se quisesse que eu ouvisse essas histórias de propósito.
"Bom, está ficando tarde, ainda bem que você está bem. Vou te explicar a situação lá e, quando tivermos tempo, podemos nos encontrar para fazer algum trabalho de caridade" - disse Geraldo, olhando para o relógio, pronto para sair.
Concordei com a cabeça.
Quando Geraldo se levantou e saiu apressado, segui-o discretamente, vendo-o olhar ao redor e entrar cuidadosamente em um beco.
"Fiz tudo como você mandou... Falei com ela."
"Você sabe muito bem o que deve e o que não deve dizer" - a voz do outro homem era profunda e rouca.
Me escondi atrás da esquina, meu corpo subitamente paralisado.
A pessoa que estava conversando com Geraldo... não era ninguém menos que André!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Minha Morte!Sua Loucura!
maaaais, por favor!!!...
Eu amo esse livro, pois foi através dele que conheci esse site que tem muitos livros maravilhosos. Mas eu parei no capítulo 200 pois depois dele demorou muito atualizar. Daí eu olho de vez em quando para ver se já concluiu, para eu continuar....
Tô em agonia por novos capítulos, todos dia venho aqui atualizar 🥲 História muito boaaaaaaa...
muito bom!!!!!!!...
aguardando ansiosa por mais 🙏🏻...
Mais capítulos...
Desistiram?????...
Atualiza por favor kkkkk ou me fala quem é a pessoa que está por trás e o Robson tanto protege Capítulo 700...
Cadeeeee quero ler mais...
Pelo amor de Deus, eu preciso do resto!!!!! amo tanto esse livro...