Minha Esposa Muda romance Capítulo 840

Com um estrondo, a tigela de porcelana caiu no chão, quebrando-se em pedaços, e Thales ficou com a mão cheia de remédio derramado.

Ela olhou para ele furiosamente: "Malvado, eu não quero mais brincar com você!"

A expressão de Thales ficou cada vez mais séria, e um vislumbre de raiva podia ser visto em seus olhos, mas ele não explodiu.

Ao contrário, virou-se para Lídia e disse: "Traga outra tigela, por favor."

Lídia acenou com a cabeça e correu rapidamente de volta para a cozinha, despejando a última tigela de remédio que restava no pote.

"Sr. Duarte, esta é a última tigela."

Thales, com os lábios apertados, pegou a tigela sem dizer uma palavra e a estendeu para Flavia: "Beba isso."

Flavia, vendo-o tão obstinado, ficou ainda mais irritada.

Apesar de ela já ter dito que o detestava, ele ainda insistia para que ela tomasse o remédio.

Ela levantou a mão para derrubar a tigela novamente, mas desta vez não conseguiu, pois o homem desviou levemente da sua tentativa.

No segundo seguinte, ele segurou o queixo de Flavia.

"Ugh—"

Flavia sentiu dor, forçada a abrir a boca, e imediatamente depois, Thales começou a despejar o conteúdo da tigela em sua boca.

O remédio amargo invadiu sua cavidade oral, e Flavia instintivamente tentou cuspi-lo.

Mas Thales, ignorando seus protestos, continuou a despejar todo o remédio em sua boca.

Os sons de resistência de Flavia se transformaram em soluços, e o remédio amargo se espalhou pela sua boca, escorrendo pelos cantos e manchando seu pijama branco.

Ela colocou as palmas das mãos no peito do homem, empurrando-o com força.

Quando a última gota de remédio foi despejada, Thales abruptamente a soltou, jogando a tigela no chão, onde se estilhaçou com um estrondo.

Flavia estremeceu de medo.

Ela se encolheu, olhando para ele aterrorizada.

Mesmo sem compreender completamente, ela podia sentir o frio emanando do homem, bem como seu olhar voraz.

Ela moveu os lábios, chorando silenciosamente.

Embora o tempo estivesse começando a esquentar, ainda era inverno, e a temperatura à noite caía para apenas sete ou oito graus.

Não demorou muito para que os pés de Flavia começassem a doer de frio.

Ela enxugava as lágrimas enquanto corria sob as luzes dos postes, com sua sombra se estendendo longamente atrás dela, perseguindo-a.

Ela queria voltar para casa, queria seus pais.

Mas irmão Iaguito também não a levou para casa mais cedo, como se sua própria família a tivesse abandonado.

Eles não a queriam mais?

Com esses pensamentos, Flavia chorou ainda mais, levantando a manga para enxugar as lágrimas.

Olhando ao redor para o ambiente desconhecido, ela se encolheu no chão.

Irmão Iaguito sempre dizia que, se ela se perdesse, deveria ficar parada no mesmo lugar que ele a encontraria.

Sob o poste de luz, ela se encolheu em uma pequena bola, como um cachorrinho abandonado.

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