Minha Esposa Muda romance Capítulo 387

Ao ouvir as palavras do homem, Flavia sentiu-se inchada por dentro, como se estivesse segurando a respiração ou sufocando sem conseguir respirar.

Em termos de argumentação falaciosa, ela nunca seria capaz de vencer esse homem. Ele sempre conseguia fazer com que tudo o que fazia parecesse culpa dela, deixando-a sem palavras para se defender.

Flavia revirou os olhos, desviando o olhar, já que mal conseguia falar claramente, por que discutir com ele?

Thales olhava fixamente para o rosto dela, seus olhos escuros pareciam quase explodir.

O tempo estava ficando cada vez mais frio, e Flavia sentia as mãos e os pés congelando, tentando se levantar para sair dali.

Mas ele agarrou seus pulsos, pressionando-os de volta, apertando onde ela estava machucada, fazendo com que uma expressão de dor transparecesse em seus olhos.

Ela olhou para o homem sem entender, enquanto a luz do sol entrava pela janela do chão ao teto, iluminando-o de frente e fazendo com que os contornos de seu rosto ficassem ainda mais definidos e profundos.

Exceto por seus olhos, que permaneciam impenetravelmente escuros, como se a luz nunca pudesse alcançá-los.

Flavia lutou um pouco, mas não conseguiu se libertar.

Felizmente, alguém bateu na porta, fazendo com que os olhos dela se arregalassem em súplica para que ele a deixasse ir.

Thales baixou a cabeça calmamente a morder o lábio dela.

Ele mordeu com força, a dor aguda se espalhou e um pequeno gemido escapou involuntariamente dos lábios de Flavia.

"Me espere depois do trabalho."

Só então Thales a soltou, virando-se para a porta e dizendo: "Entre".

Flavia ainda estava deitada em sua cadeira, sem tempo para se levantar, quando a porta do escritório se abriu. Em pânico, ela deslizou para fora da cadeira e se escondeu embaixo da escrivaninha.

Ela remoía em sua mente aquela frase "Me espere depois do trabalho", sentindo-se ainda mais angustiada, ele por acaso esquecera que já estavam divorciados?

Lucas e Carolina entraram, notando imediatamente o traço de sangue nos lábios de Thales.

Ela sorriu: "Bem, é o meu trabalho, não importa sob quem eu trabalhe, é minha responsabilidade. Eu apenas faço o meu trabalho com integridade."

Thales sorriu enigmaticamente, terminou de revisar o documento e, pegando uma caneta na mesa, assinou seu nome descuidadamente.

Depois de assinar, ele entregou o documento de volta para Carolina: "Continue com o bom trabalho, Carolina".

Apesar de não ter entendido o que ele quis dizer, Carolina assentiu com a cabeça, pegando o documento: "Farei isso".

Flavia, agachada no chão, só conseguia ver as longas pernas do homem, que chegavam, no máximo, até a altura do cinto.

Ela abraçou os joelhos, sentindo-os formigarem; mudou de posição, sentando-se no chão, apoiando-se na lateral da mesa, massageando os tornozelos dormentes.

Depois que Carolina saiu, Lucas finalmente falou: "Presidente Duarte, a questão do Hugo está fervendo na internet, não deveríamos fazer algo?"

Thales deslizou a cadeira para trás, afastando-a quase meio metro da mesa de trabalho. Em seguida, baixou os olhos para olhar a pessoa que estava debaixo da mesa.

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