Minha Esposa Muda romance Capítulo 38

Flavia sorriu e acenou com a cabeça.

Thales a procurou a noite inteira, percorrendo o caminho de casa, incluindo os arredores do restaurante, mas ainda assim não conseguiu encontrá-la.

Ele puxou a gravata, mas ainda assim sentia dificuldade para respirar, então arrancou a gravata e a jogou no sofá.

Lucas, parado ao lado, falou com hesitação: "Presidente Duarte, talvez a senhora volte por conta própria daqui a pouco."

"Você também não a encontrou?"

Lucas balançou a cabeça, "Não, a rua onde a senhora desapareceu não tem câmeras de vigilância, mas já conseguimos delimitar a área aproximada, as pessoas que enviamos logo a encontrarão."

"Essa mulher insensata!" Thales desabotoou os botões da camisa e se jogou no sofá, "Não tem medo de seguir qualquer um."

Lucas lançou-lhe um olhar de lado, pensando consigo mesmo que só agora ele começa a se preocupar, sem lembrar quem foi que a deixou para trás na noite anterior.

Claro, ele apenas ousava dizer isso em pensamento, pois não queria perder o emprego.

"Vou sair e procurar novamente." Lucas disse, virando-se para sair.

Flavia tinha acabado de comer um ovo quando partiu, ela encontrou as pessoas enviadas por Thales numa parada de ônibus.

Reconhecendo-os, ela seguiu com eles para o carro.

Quando voltou para a mansão, sentiu imediatamente uma atmosfera tensa no ambiente. Levantou o olhar e viu Thales no sofá.

Ele estava com uma expressão sombria, e seus cabelos estavam levemente desalinhados, com alguns fios pendendo.

E ele a olhava fixamente.

Vendo a cena, as outras pessoas não ousaram ficar, saindo rapidamente da mansão.

Flavia mordeu o lábio e caminhou em direção a Thales.

Antes que ela pudesse fazer qualquer movimento, ele se levantou de repente, assustando-a a ponto de ela dar um passo para trás.

"De que você está fugindo?" ele agarrou seu pulso, puxando-a de volta, ao perceber o medo em seus olhos, ele zombou: "Do que tem medo? Não estava com medo quando seguiu outra pessoa?"

Ele apertou forte, e Flavia lutou para se soltar, mas não conseguiu, franzindo a testa de dor.

Flavia cambaleou, mas logo correu para a porta, agarrando-se ao batente, balançando a cabeça em desespero.

Um depósito, seu pior pesadelo, a sombra de sua vida.

Foi ele quem a salvou lá de dentro, e agora ele a estaria colocando lá novamente?

Flavia olhava para ele com um apelo amargo, mas Thales a ignorou, segurando a maçaneta da porta, sem se importar com sua luta, fechou-a sem piedade.

De repente, a escuridão a envolveu, e os medos que jaziam no fundo de seu coração a atingiram como uma maré.

Ela girou a fechadura, que já estava trancada por fora.

Ela bateu na porta, socando-a, mas o homem do lado de fora não respondia.

O som que Flavia emitia era muito fraco, incapaz de expressar nem um décimo do desespero em seu coração, soando tão frágil e impotente.

Ela se apoiou na porta, querendo dizer a Thales que estava com medo.

Muito medo...

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