Minha Esposa Muda romance Capítulo 203

Ela fixava o olhar sombrio do homem, puxando levemente o canto da boca, enquanto um cansaço avassalador a invadia.

Flavia deixou os braços caírem, fechando os olhos sem forças, numa expressão de completa submissão.

Essa atitude deixou Thales enfurecido e impotente ao mesmo tempo, sentindo-se verdadeiramente tentado a estrangulá-la naquele momento.

Um animal de estimação que sempre foi dócil e obediente e que de repente aprendesse a se rebelar poderia até fazer com que seu dono perdesse o controle.

As veias do dorso de sua mão se destacaram, os nós dos dedos ficaram brancos, enquanto a mão que segurava o pescoço de Flavia tremia.

Mas, no final, ele a soltou aos poucos.

O ar encheu seus pulmões, e Flavia abriu os olhos abruptamente, tossindo enquanto caía no chão.

Thales se agachou na frente dela, segurando seus ombros, falando em um tom baixo: "Flavia, eu não lhe disse que se você simplesmente obedecer, tudo voltará a ser como era antes?"

"Não é melhor obedecer?"

Depois de tossir, Flavia virou a cabeça para olhar para ele e, de repente, sorriu, um sorriso mais feio do que qualquer choro.

Como ela poderia obedecer?

Flavia não sabia o que ele considerava como obediência, se era evitar qualquer comunicação com os outros, dedicando-se inteiramente a ele.

Como antes, quando seu coração e olhos estavam completamente voltados para ele, mas ele nunca a teve em sua visão.

Ele a ignorou, tratou-a com indiferença, descartando-a como se fosse insignificante.

Era irônico, ele ainda queria que ela simplesmente obedecesse.

Flavia tinha que admitir.

Por vinte anos, ela nunca realmente o entendeu.

Thales desviou o olhar, evitando ver sua expressão, apenas a envolvendo em seus braços, como se quisesse gravá-la em sua alma.

Flavia sentia-se sufocada em seu aperto, mole como uma boneca de pano em seus braços.

O médico hesitou na porta, sem saber se deveria entrar ou não.

Flavia olhou para o médico na porta, balançando levemente a cabeça para ele.

Flavia piscou rapidamente, sem conseguir responder, apenas para que as lágrimas escorressem com mais intensidade pelos cantos de seus olhos.

Thales enxugou suas lágrimas, o mais gentilmente possível.

Flavia soltou um soluço, e o som inesperado quebrou a tensão do momento, fazendo Thales rir de repente.

Ele se aproximou para beijá-la, sussurrando: "Não chore, está bem?".

Flavia tentou virar a cabeça para fugir, mas ele segurou seu rosto, trazendo-a de volta para continuar o beijo, que estava se tornando cada vez mais íntimo.

Ela até ouvia sua respiração apressada e familiar. Flavia levantou a mão para empurrá-lo, mas ele agarrou seu pulso.

As lágrimas pendiam de seus cílios, os olhos inchados e vermelhos, o cabelo um tanto desarrumado. Sua aparência vulnerável era quase um convite.

Essa imagem poderia enlouquecer um homem.

Então, o que inicialmente era apenas uma tentativa de consolá-la, acabou com ele pressionando-a contra o chão.

Flavia não tinha mais forças e fechou os olhos, deixando que ele fizesse o que quisesse com ela.

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